quarta-feira, abril 08, 2009

Recordando o “CR” na ESCOLA NAVAL (II)

O “CR” NO REMO (1/6)

Com a ajuda da Wikipédia podemos dizer que o Remo, como desporto devidamente organizado, tomou forma a partir de meados do século XIX.
É um desporto que combina velocidade com resistência e força, exigindo níveis muito elevados de força muscular e de resistência à fadiga da parte dos atletas, dignos sucessores dos escravos das galeras.
Desporto tão completo, também do ponto de vista do desenvolvimento do espírito de grupo e de camaradagem, não podia deixar de constituir tradicional complemento às actividades académicas da Escola Naval, no cumprimento da sua elevada missão de preparar os futuros oficiais do botão de âncora.

Se bem se lembram, na semana de adaptação à Escola fomos “protegidos” por alguns camaradas do curso LC que, segundo as suas preferências, nos foram seleccionando para diversas actividades desportivas. O remo não fugiu à regra mas a nossa adesão “voluntária” foi forçada pela compleição física dos “escravos”. Não teve a ver com praxe porque nós nunca a tivemos…



Curiosamente os cinco ex-alunos do Colégio Militar, altos fortes e espadaúdos, aderiram ao remo!
Da esquerda para a direita: RPortero, CVCarrasco, JACoutinho, MFMenezes e HASFonseca.

Os treinos eram penosos, primeiro no tanque depois nas embarcações, muitas vezes à chuva e ao frio. O transporte da embarcação resultou em muitas quedas na rampa do CNOCA e pernas golpeadas pelo lixo dos lodos.
Mais tarde fomos compensados com regalias invejadas por muito boa gente. Compotas ao pequeno-almoço, lautos jantares com reforço de suculentos bifes, dispensa da formatura e do 3-B para o jantar, etc. As saídas à Sexta-feira eram divinais. Quer o cansaço dos treinos, quer o exagero dos atascanços ao jantar reflectiram-se negativamente nas sessões de estudo à noite, contribuindo para boas sonecas.




No CNOCA, todos com ar de sacrifício

O nosso treinador e timoneiro nas provas oficiais foi o Sr. Joaquim Conchinhas, bancário de profissão, bom homem e grande amante do remo. Creio que treinávamos duas a três vezes por semana. Tivemos de nos filiar na Federação Portuguesa de Remo, sob a capa do CNOCA, para podermos entrar nas regatas, primeiro na categoria de Iniciados e depois na de Principiantes, sempre em Yolle de 8, classe não olímpica, própria para o início desta actividade.

Podem cortar esta fotografia de cadete com ar anormal...

(continua)

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