Recordando o “CR” na ESCOLA NAVAL (VI)

O “CR” NO REMO (5/7)

Findo o ano lectivo 63-64 o grupo de remadores CR desmembrou-se. Os aprovados foram-se afastando da modalidade, enquanto que a maioria dos reprovados se manteve operacional, noutras águas.
Mesmo assim o CR ainda formou a tripulação de Yolle de 4 do CNOCA que, em 10 de Outubro de 1964, no âmbito do XVIII Festival Náutico do CNOCA, venceu a AN Lisboa ganhando a Taça Direcção do Serviço de Submersíveis.

Como bem se reconhecem, a equipa foi constituída pelos seguintes elementos:

- Proa -1- Borrego Linhan
- Sota proa -2- Azevedo Coutinho
- Sota voga -3- Vasconcelos Carrasco
- Voga -4- Silva Fonseca
- Timoneiro -T- Rocha da Silva

A Taça estará bem guardada no CNOCA enquanto que as medalhas que recebemos constituem recordação pessoal:

Não resisto a publicar o programa, de característica tipicamente naval (naquela época). Tipografia do costume e correcções habituais…
Curiosamente o baile durava sete-horas-sete, para homens de barba rija, e terminava após a partida dos últimos transportes, o que certamente serviu de pretexto para algumas aventuras!

Ainda relativamente ao Festival/Baile, se bem se lembram, eram atribuídas diversas tarefas executivas aos cadetes que estavam ligados às Secções de Remo e de Vela do CNOCA.
Assim, nas vésperas, à tarde ou à noite, lá se conseguiam uns voluntários para engalanar as pobres instalações do CNOCA e ajudar na preparação das regatas.
Este pequeno episódio passou-se com um ilustre CR, velejador de elevado gabarito, velho marquês duriense, que facilmente adivinharão de quem se trata.
Por diversas vezes lhe pedi para dar uma ajuda:
- Todos colaboram, porquê que ficas na cocha?
A resposta, sempre a mesma, irredutível:
- Não posso, tenho que estudar!
Nada convincente pois ainda tínhamos poucos dias de aulas.
Na véspera, mais um veemente pedido, teve a seguinte resposta:
- Está bem, então se não tiver parceiros para o Bridge lá darei uma ajuda…

(continua)