Dia 8 de Junho de 1965, terça-feira
Hoje é o dia do baile na Escola Naval. Da parte da manhã, a rotina habitual; de tarde, o navio ficou aberto a visitas, mas a segurança do cais só permitia a entrada a familiares ou amigos de elementos de qualquer das guarnições dos navios em cais. Então alguns de nós (bastantes) fomos até ao portão fazer a “triagem”(como se vê, o procedimento agora seguido, nos hospitais e apresentado como grande novidade, já tinha sido inventado pelo CR – só não púnhamos as fitas de cores diferentes nos bracinhos das eleitas…) permitindo o acesso a bordo das pessoas mais simpáticas…
Em conjunto com o SO, confraternizámos com umas visitantes muito agradáveis, com apartamento em Copacabana, mas o convívio foi afectado pela aproximação da hora de saída para o baile e, também, pelo aparecimento da sobrinha (afinal uma) do sr. Adriano, um sobrinho e uma tia sénior,
Com tudo isto, perdemos o ônibus para a Escola Naval e tivemos de ir de táxi, chegando atrasados.
A festa, na EN, foi razoável, algo distante da qualidade das da nossa; actuou também o Rancho Folclórico da Casa do Minho no Rio de Janeiro, foi agradável, ofereceram a todos um galhardete do Rancho.
O evento permitiu, como seria expectável, conhecer pessoas muito interessantes e criar laços que perduraram, pelo menos, nas três semanas que se seguiram.
No fim, fomos todos para o palco, onde recebemos os aplausos dos brasileiros (e portugueses residentes); retribuímos com as salvas navais e regressámos ao navio.
Colaboração do FSLourenço
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1 comentário:
Neste Baile, tivemos a dura concorrência dos cadetes Argentinos, mas mesmo assim alguns de nós conseguimos assumir um papel de destaque na aproximação ao objectivo e consequente ocupação ainda que temporária, até porque o Plano de Operações não previa a fixação após ocupação. A estratégia definida e concebida pelo Mahan era do tipo "toque e foge", antes que queiram empatar.
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