segunda-feira, junho 28, 2010

Viagem no NE "SAGRES", 28 de Junho de 1965

Dia 28 de Junho de 1965, segunda-feira

E chegou o dia da entrada na baía da Baía… Atracámos cerca das 11h00m frente a um edifício novo (Armazém 10), pertencente à Alfândega, onde, nas varandas, se encontrava bastante gente à nossa espera, com predominância para representantes do belo (na verdadeira acepção da palavra) sexo.

Após o almoço, organizou-se um passeio, às 13h00m, para o pessoal disponível (e interessado), com segunda edição (para os restantes) na manhã do dia seguinte; escolhi esta opção e resolvi sair sozinho a fazer o reconhecimento das cercanias.

Encontrei, entretanto, uns marinheiros (nossos) que tinham comprado umas belas facas de cabo trabalhado, indicaram-me a loja e lá comprei, além duma faca, uma “Rossi” Long-Rifle (cal. 22), que me custou 9000 cruzeiros (apx. 140$00).

No regresso, cruzei-me com o SC, que ficou “maluco” (não era o ACCF, era, repito, o SC) com a arma; fomos então ao navio, de táxi, pôr algumas compras e voltámos, com o FN, à loja das armas, onde compraram uma arma igual para cada um.

O jantar foi, conforme convite recebido à chegada, no Clube Português na Baía, seguido, claro, de baile, que não agradou a muitos, porque as músicas eram quase só sambinhas e viras

Eu e mais 7 regressámos a bordo às 02h30m numa Kombi tipo táxi.

Colaboração do FSLourenço


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2 comentários:

JPVillas-Boas disse...

Lembro-me perfeitamente deste baile, em que o tipo de música, muita de Carnaval, parecia desadequado do ambiente. A mim calhou-me uma mesa com duas meninas, de 8 valores, estavam acompanhadas (e muito bem!)dos respectivos pais, mas em que me falaram por várias vezes do Sto António de Lisboa. Confesso que isso me chateou, não o assunto mas a insistência!

s.pinho disse...

Lembro-me que não fui ao dito Baile por estar castigado, mas quando o Cte Alvaro Maria, chegou a bordo, deixou-me sair. Nem ele sonhou o bem que me fez,pois acabei por ter o melhor serão de toda a viagem.