segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Recordando: Forte Fontória

Aí pelos anos 66 ou 67, um grupo de 5 ou 6 CR (incluídos uns OCCR como o RL "gosta") provavelmente em noite de 6ª Feira ou Sábado, sem grandes ideias para ocupar a noite, decidiram-se (certamente depois de reflexão prévia no PICNIC) por beber um copo na zona da Praça da Alegria, optando pelo Fontória que tinha um espectáculo erótico, intitulado "Mil e uma noites"; pouco profissional, diga-se em abono da verdade.
No meio da conversa possível em ambiente de meia/pouca-luz e música de fundo sofrível com as cervejas necessárias e suficientes para pagamento da despesa obrigatória, tinha passado despercebida a ausência dum dos camaradas, o JLAV. Onde está, onde estará, foi detectado entretanto numa pequena mesa lateral junto a uma coluna, já em ameno tete-a-tete com uma grande garrafa de "champanhe" sobre a mesa de custo provável próximo do ordenado de então de cadete, de 299ESC (300 menos 1 de imposto de selo). Interrompido o curto romance quase de imediato, porque a "piquena" é chamada, deduzindo-se a seguir que aos camarins. Não se compreendendo logo a razão, constacta-se de imediato que é uma das artistas, com o papel principal de Salomé no conhecido episódio bíblico da decapitação de S. João Baptista (ver aqui) .
Já não me recordo se a "actriz" voltou à mesa depois de exibir numa travessa a cabeça de João Baptista, mas parece-me que não porque o sentimento que conservo da saída foi de fracasso. 
Passou esta noite a partir de então a designar-se "o ataque ao Forte Fontória".

(De memórias, agradecendo a VDias o contributo)

1 comentário:

vdias disse...

Permitirão uma ligeira correcção.
A "praça forte" em questão não se denominava Fontoura, mas sim Fontória, "Forte Fontória", o qual tinha uma guarnição muito corajosa e aguerrida.
Direi mesmo guarnição de alto gabarito.
Que o digam os assaltantes.