quinta-feira, abril 30, 2020

Aniversários de elementos do CR: Maio de 2020

Neste mês de Maio de 2020 completam mais um ano os seguintes elementos do CR, a quem enviamos um abraço de parabéns:

12MAI(1946) TITO JOÃO ABRANTES SERRAS SIMÕES

22MAI(1943) ANTÓNIO FERNANDO VASCONCELOS DA CUNHA

24MAI(1944) JOSÉ MATIAS CORTES

25MAI(1944) JOAO ANTÓNIO LOPES DA SILVA LEITE

26MAI(1945) JOSÉ LUÍS PEREIRA DE ALMEIDA VIEGAS

30MAI(1946) JOSÉ LUÍS RODRIGUES PORTERO

Recordamos também neste mês de Maio, na data do seu nascimento:
em 05MAI (1944), o JOSÉ PIRES SARGENTO CORREIA, e em 10MAI (1944) o CARLOS AMANTE CRUJEIRA que "partiram" à nossa frente.

quarta-feira, abril 29, 2020

Dos jornais, há 46 anos.

“1. Através do jornal “A Capital”, de 29 de Abril de 1974, ficamos a saber que o dr. Mário Soares, assim que chegou a Portugal, logo criou uma Empresa de Organização de Eventos, cujo primeiro trabalho é aqui divulgado.

2. Esta edição também permite fazer um teste aos verdadeiros conhecedores do então PREC: quem foi que passou a usar o Mercedes de 6 portas, matrícula HR-89-95, que o sr. José Figueiredo Santos foi entregar, no dia 29, de manhã, na Cova da Moura?”

Colaboração do FSLourenço

sábado, abril 25, 2020

1974, 25 DE ABRIL

1974, 25 ABRIL: UMA PARTICIPAÇÃO DIFERENTE
O Exercício Naval “DAWN PATROL”, do programa operacional da NATO para 1974, iria começar a sua fase de mar na 5ª feira, 25 de Abril, tendo uma boa parte das Unidades Navais participantes demandado o estuário do Tejo desde o início dessa semana, visando uma saída coordenada e conjunta no dia definido.
À data, estando a exercer as funções de Comandante do “N.R.P. Rosário”, Draga-Minas costeiro, último da classe “S. Roque”, fui nomeado Oficial de Ligação ao Grupo de Navios Holandeses participantes naquele Exercício, mantendo-se o meu Navio operacional.
Esta missão vinha decorrendo, desde o início da semana, sem qualquer incidente a registar, sendo resolvidos, de forma rotineira, todos os requisitos de natureza logística que a permanência de navios em porto suscita: água, energia, comunicações, resíduos, eventos de natureza social relativos às guarnições, etc.  
Igualmente, a vida, no país e concretamente na capital, se desenrolava com a normalidade e o ritmo a que as pessoas, de há muito, estavam habituadas.
Os jornais noticiavam investimentos em África – Angola, a aposta na transformação industrial da banana; Moçambique, investimento de 450.000 contos na formação profissional e na promoção das populações do Rovuma, Cabo Delgado.
Lá fora, coincidindo com a morte de Bud Abbott (cuja parelha com Lou Costello deixou ao Mundo filmes inesquecíveis), Israel (consulado de Golda Meir) continuava “desalinhado” com o Conselho de Segurança das Nações Unidas, num quadro vindo do passado e que se consolidaria em décadas posteriores.
Para o cumprimento das minhas funções, tinha ao dispôr uma viatura e respectivo condutor, neste caso, civil, de meia idade e que todas as manhãs se apresentava, com pontualidade e esmero irrepreensíveis, para o cumprimento do programa diário definido.
O planeamento respeitante à Força Holandesa, atracada no Cais do Jardim do Tabaco, definia a partida, no dia 25, para as 07h00m, o que impunha a minha presença nos Navios cerca das 06h30m. Como se tratava do último dia de missão, atendendo a que o condutor tinha tido um desempenho sem reparos e não era propriamente um jovem condutor militar, a decisão de o dispensar desta última tarefa surgiu naturalmente, acompanhada do justo agradecimento pela colaboração.
E assim, cedo numa manhã fresca e de céu pouco nublado, uniformizado a condizer, saí da residência, num bairro a NW de Lisboa quase na periferia, no carro particular; àquela hora, pouquíssimo trânsito nas ruas, o que não era de estranhar e, na generalidade das rádios – Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Rádio Renascença, Emissores Associados –, quase só música, dita, séria, o que, talvez devido à hora matutina, não relevei.
Foram assim percorridas as zonas de Sete Rios, Praça de Espanha, S. Sebastião, Praça do Marquês de Pombal e a Av. da Liberdade até aos Restauradores, sem que qualquer sinal indiciasse, ou prenunciasse, algo de anormal.
Ao chegar à Praça D. Pedro IV, o quadro mudou: alguns carros parados, a tentarem, sem sucesso, entrar na R. do Ouro; surpreendido e já um pouco pressionado pelo tempo de que dispunha, decidi ultrapassar essas viaturas, utilizando o passeio de BB para tentar prosseguir, até que, quase a meio da rua, sou parado por um agente da PSP, num primeiro momento zangado, mas depois apenas preocupado e colaborante, quando constatou, pelo Uniforme, o tipo de condutor daquele carro “transgressor”…
Apontando para o fim da rua, o agente mostrava um Terreiro do Paço onde se identificavam carros de combate, do Exército, informando que estava ali “a haver um problema” e que não era possível lá passar.
Perante a premência de atingir o Jardim do Tabaco, cujo motivo lhe havia explicado, o agente sugeriu que tentasse o percurso via Cais do Sodré, para o que, ajudado por outro agente, me possibilitou o acesso à R. da Conceição, depois Calçada de S. Francisco, R. do Alecrim e, finalmente, àquela Praça.
Durante este curto trânsito, fui-me preparando para reagir a algo cujos contornos desconhecia, mas que me “garantiam”, desde já, a necessidade dessa medida cautelar…
Chegado, finalmente, à Praça Duque da Terceira, apontei para o início da Av. Ribeira das Naus; logo aí, ainda no limite da Praça, outro agente da PSP mandou-me parar, informando-me sobre a situação, que eu já conhecia do antecedente. Depois de lhe explicar o meu objectivo, deixou-me continuar, alertando-me para os obstáculos que certamente teria no curto prazo.
E assim foi: percorridas mais umas dezenas de metros e sensivelmente junto à entrada para as instalações da Marinha, novo stop, desta vez já por um militar do Exército, armado com Espingarda G3. Nesse momento, a minha preocupação, surgida nos minutos anteriores, era a de “expôr” a maior parte possível da farda através da janela, para rápida identificação e obviar a qualquer “movimento” precipitado do dedo que o militar tinha no gatilho…
Mais uma vez expliquei, agora a este surpreendido camarada, as razões que me levavam a estar ali, àquela hora, com aquele uniforme; sem ter percebido muito bem ou, provavelmente, nada, deixou-me avançar até à Praça do Comércio, aconselhando-me a que fosse devagar, para exactamente evitar reacções como as que eu tinha já congeminado.
Cumprindo as “instruções”, lá cheguei à entrada poente da Praça, onde fui novamente parado, agora por 3 ou 4 militares da mesma Unidade; já fora do carro, pela enésima vez expliquei porque ali tinha “aparecido” e porque necessitava de atravessar a Praça, para chegar aos navios da NATO. Um dos soldados, desconfiado, após uma apreciação sumária do conjunto que tinha pela frente – um Oficial da Marinha, com o uniforme 3B (esse detalhe, ele não conhecia…), acompanhado do vermelho flamejante de uma viatura civil – informou-me que só poderia passar se autorizado pelo “nosso Tenente”.
“Chamem então o Tenente”- pedi-lhes (de acordo com informação que obtive anos mais tarde, tratar-se-ia de um Oficial Miliciano, já falecido, que nesse dia comandava o 8º pelotão de Atiradores, responsável pela área da Praça do Comércio, integrado na força comandada pelo Capitão de Cavalaria Salgueiro Maia).
Pouco depois, o Tenente aparece, em passo de corrida, vindo da zona central da Praça; ao ver-me e após um breve esgar de estranheza, pergunta-me: “Olha lá, já prenderam o Ministro?”, ao que lhe respondi, mais ou menos: “Eh pá, não tenho a certeza, mas preciso de ir ali ao Cais do Tabaco, por causa dos navios holandeses da NATO, depois passo por aqui e já vemos isso…”
Após alguma hesitação, lá me autoriza a seguir, com um seco “Vai lá”, ficando a seguir o carro enquanto me afastava daquele local, agora decisivo teatro de operações.
Consegui, desta forma, chegar ao meu destino, dentro da hora prevista; o Comandante da Força, já conhecedor de que algo se passava, agradeceu a colaboração, tentando dispensar-me de estar presente até à saída dos navios e desejou-me felicidades para o próximo presente…
De saída do cais, decidi ir rapidamente a casa (por outro percurso – via Cabo Ruivo e 2ª circular), mudar para roupa civil e dirigir-me à BNL, onde já não foi fácil entrar: o Portão Verde estava fechado, com muita gente cá fora (operários do Arsenal do Alfeite, principalmente).
Chegado ao Navio, tomaram-se medidas para garantir a sua operacionalidade, em termos do equipamento e de pessoal, ficando o “N.R.P. Rosário” disponível para as missões que o Comando Naval do Continente viesse a entender atribuir-lhe.
Duma apreciação, meio humorística, a este “episódio”, ressalta-me a “intrigante” dúvida que aquele Tenente Miliciano terá tido, nos tempos mais chegados a essa data, quanto à verdadeira razão pela qual um 1ºTenente, fardado a rigor, lhe apareceu, àquela hora matutina, montado numa viatura de um belicismo totalmente desfasado do das restantes “máquinas” ali presentes…Já agora, deixo também a convicção de que terei sido, nesse dia, o único Oficial da Marinha a passar na Praça do Comércio, uniformizado de 3B, cuidado que a Marinha sempre tinha, em cerimónias ou momentos especiais, como aquele estava a ser.
25/4/2020
FSL

terça-feira, abril 21, 2020

Memória: "Prova" para comando 2

Para respostas ao problema colocado anteriormente sobre o assunto, juntam-se as folhas que poderão ser utilizadas para esse efeito:



Colaboração do FSL

Memória: "Prova" para comando

Estes exercícios parecem-me um bocado primários, mas nós fizémo-los…
Suspeitando-se que alguns CR’s tenham deixado caducar a sua “Licença de Comando”, pelo que para a renovar têm que fazer esta prova (eliminatória).
Abraços,
FSL

N. da R.: Respostas ao júri constituído para o efeito.

segunda-feira, abril 20, 2020

Polícia Marítima (PM) em acção (02/18ABR2020)


No âmbito do controlo de fronteiras e do cumprimento das imposições da autoridade sanitária, a PM efectuou, entre 2 e 18 de Abril, 553 fiscalizações a navios de comércio, 242 a embarcações de recreio, 108 a navios de pesca e 85 a cruzeiros.
No período em causa instaurou 31 processos de contraordenação por vários incumprimentos, não directamente relacionados com as medidas do estado de emergência, mas com situações como a utilização irregular de artes de pesca ou a captura de pescado subdimensionado.
Nas acções a PM percorreu quase 30 mil quilómetros de praia e navegou perto de 1.500 milhas.


Colaboração do Eurico Ferreira de Carvalho (CR32)

Submarinistas do CR: ACFidalgo

Li, logo que lançado, salvo erro em 2017, o livro "Comandar no Mar", editado pelo nosso camarada CR HAFonseca pela sua ENN - Editora Náutica Nacional / Revista de Marinha com coordenação do OC Themes de Oliveira. Recentemente, numa nova e mais atenta leitura do mesmo livro, apercebi-me melhor do que anteriormente, no artigo " Comando abaixo da Superfície" do HC Álvaro Rodrigues Gaspar (que recentemente nos deixou), nas páginas 56 e 57, das referências que faz ao nosso camarada do CR Arménio Fidalgo, na altura a comandar o SSK "BARRACUDA", com o Gaspar a comandar o "Delfim". E porque estiveram ambos envolvidos numa iniciativa até aí inédita na nossa Marinha que, segundo o autor do texto "marcou e representou um marco na eficiência e na segurança da condução de operações submarinas avançadas, pela nossa Marinha, e um testemunho das excelentes capacidades dos nossos submarinos, como aliás passou a ser reconhecido pelas autoridades OTAN". 
Tratou-se de um trânsito coordenado em imersão levado a cabo pelos dois submarinos, iniciado no regresso de exercícios no Mediterraneo e já depois de passado o Estreito de Gibraltar, que depois de um rendez-vous em imersão e com uma distância entre os dois de cerca de 2000 metros e a cotas diferentes, até se aproximarem um do outro a 500 metros, após o qual iniciaram um longo trânsito coordenado com excelentes resultados.
Uma nota adicional: O Gaspar foi Imediato do Fidalgo quando este anteriormente comandou o "Delfim".

domingo, abril 19, 2020

QUARENTENA (PR1)

Em 1993, na Escola Naval, os quatro elementos do CR que prestaram serviço em África (Angola e Moçambique) em 1969/71 na Fragata ex-NRP "ÁLVARES CABRAL".










Fotos do PRoberto, aprimeira já aqui publicada no blogue, da guarnição de oficiais da "Álvares Cabral"

Quarentena: No futebol de 11 (FCP)

Interrompidos os campeonatos em todas as modalidades, nomeadamente nos de futebol que são os mais acompanhados, não queremos deixar de aqui prestar uma homenagem ao CR que mais segue o FCP, mais do que os elementos do Curso naturais da cidade do Porto:

Com votos de que ele e outros mantenham a sua elegância no fim desta quarentena:

sexta-feira, abril 17, 2020

QUARENTENA (PR0)


Fechado em casa durante algumas semanas, pensei em ocupar algum tempo, rebobinando memórias, algumas bastante marcantes, expondo sentimentos vividos. Para mim o projecto tem sido extremamente agradável, porque tudo o que vivi ( e que ficou gravado ), as pessoas com quem lidei, os objectos onde poisei os olhos, os sons que me chegaram aos ouvidos, os cheiros os tactos, os sabores,  tudo isto existe em mim e permanece.
Não há Marinheiro que se preze que não tenha uma história para contar sobre o Mar.
Nunca me esquecerei do tempo passado no NRP Álvares Cabral na nossa Comissão a Angola e Moçambique de 1969 a 1971. Mais precisamente de 28 Abril de 1969 a 10 Maio de 1971.
Partimos 120 Marinheiros (11 Oficiais, 29 Sargentos, 19 Cabos, 33 Marinheiros, 19 Grumetes e 9 Marinheiros da Taifa).
Dos onze Oficiais quatro somos do mesmo Curso CR: Rebelo Duarte, Rebelo Marques, Silva e Pinho e Possidónio Roberto. Relembro que o Santos Bico, Monsanto Coelho de Campos e o Santos Roque, também eles  oficiais da guarnição frequentaram a Escola Naval na mesma época . 
Por hoje ilustro a mensagem com algumas fotos que deixo á vossa memória definirem datas e locais.
Não resisti em colocar uma foto da célebre caçada em Moçâmedes para vos recordar o magnifico almoço no Hotel do pai do Monsanto Coelho de Campos.
Deixo um desafio ao Augusto. Se bem me lembro dos quatro, dois eram casados e dois solteiros. Desafio para rebobinares na tua memória as datas de 28 Abril  a 10  de Maio. Ficamos a aguardar que libertes as tuas memórias.
Ass. António José Possidónio Roberto






Memória: Repetição (escrita) de Infantaria

A Repetição de Infantaria, marcada para o dia 25 de Março, foi adiada para 22 de Abril, 4ª feira, por causa do COVID 66.

Os  cadetes com as 3 melhores notas terão os seguintes prémios:

1º: Dispensa, por duas semanas, das aulas de Luta Militar;
2º: Um pacote de bolachas e um sumo ( contactar o Cabo Direitinho);
3º: Engraxar 2 vezes os sapatos da Ordem (execução: Faustino).


Nota da R.: Texto e anexo disponibilizados pelo FSLourenço que o nosso Blogue agradece.

quinta-feira, abril 16, 2020

Recordando: Casamento Araújo Baptista

No casamento do Araújo Baptista a "máquina" do CR esteve toda presente:


Consta que também lá esteve um infiltrado do nosso Curso, da classe de Marinha: FCS ?

CR's em actividade: HAFonseca na Revista de Marinha Março/Abril 2020

Como habitualmente, aqui noticiamos a publicação de mais um número da Revista de Marinha, propriedade do nosso camarada CR HAFonseca, o 1014 de MAR/ABR2020:

PREFÁCIO
(RM 1014)
            Neste número de março/abril da vossa revista fazemos foco, como habitualmente, no importante setor das pescas; importante pela sua relevância económica a par da sua expressão social.
            De acordo com dados recolhidos junto da DOCAPESCA, o valor do pescado transacionado nas lotas do Continente atingiu o valor de 212,3 M€ em 2019, 3,3 % acima do ano anterior. A lota de Peniche foi responsável por um valor de vendas de 31,9 M€, seguindo-se Sesimbra (29,4), Matosinhos (24,6), Aveiro (17,7), e Vª Real de Sto. António (14). As principais lotas em quantidade de pescado transacionado foram Sesimbra com 29.968 toneladas, Matosinhos (12866), Peniche (11744), Aveiro (10447) e Sines (7239); no computo geral, pescaram-se 112.600 toneladas, com um aumento de 12,7% face ao ano anterior. As espécies mais relevantes, em valor de vendas, foram o polvo, a sardinha, o carapau, o biqueirão e a cavala. Infelizmente, não dispomos de elementos recentes relativos aos Açores e Madeira, o que lamentamos.
            Noutra vertente, os stocks de bacalhau e peixes afins do Atlântico Norte tem recuperado, o que tem permitido aos poucos arrastões que as quotas que nos foram atribuídas comportam fazer excelentes safras.
            Na aquacultura os resultados pouco diferem dos anos anteriores; contudo uma nova dinâmica na ACUINOVA, em Mira, e o recente interesse do Grupo Pingo Doce e da SONAE por este subsetor perspetivam resultados interessantes a médio prazo.
            As conservas, congelados e transformados de peixe tem exportado bastante e feito boa figura em diversas feiras internacionais, como a SEAFOOD, de Bruxelas. Pouco se ouve falar destas atividades, contudo em conjunto exportam mais do que todos os diversos tipos de vinho …
            As embarcações de pesca, em número de cerca de 7.000, vão envelhecendo o que traz consigo problemas de baixa eficiência energética, poluição e segurança; por outro lado, a comunidade dos pescadores vai também envelhecendo, constatando-se que os jovens não são atraídos por esta profissão. Existe mesmo já falta de pescadores profissionais nalguns portos de pesca.
            Faz assim sentido, em nossa opinião, um programa calendarizado de substituição da frota de pesca, articulado com a nossa indústria de construção naval, visando embarcações mais produtivas, eficientes e seguras, que pudessem com menos tripulantes atingir valores de pescado semelhantes; com uma maior produtividade, os pescadores poderiam ter salários mais atrativos. E já agora, um sistema de comercialização mais amigo dos pescadores e dos armadores, e não apenas dos intermediários …
            Terminamos com uma notícia recente, que muito nos sensibiliza e nos honra: a atribuição do prémio NAVIGARE MARE à vossa revista, no âmbito dos prémios EXCELLENS MARE 2020, que reconhecem a excelência e o mérito nas atividades do mar.

quarta-feira, abril 15, 2020

A Marinha de Guerra Portuguesa pronta e solidária

Marinha pronta e solidária
  No decorrer desta pandemia mundial, A MGP tem realizado várias ações de resposta à crise, em articulação com as diversas entidades.
  No âmbito do apoio à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Marinha preparou 20 equipas compostas por 6 elementos para realizar ações de descontaminação.
  Diariamente, com a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa, são fornecidas cerca de 200 refeições aos sem abrigo na zona do Cais de Sodré, tendo sido distribuídas mais de 3500 refeições
 A Messe Residencial da Base Naval de Lisboa tem sido o local onde pernoitam vários profissionais de saúde que se encontram a prestar serviço no Hospital Garcia de Orta, em Almada, estando assim mais próximos do hospital.
  A Marinha está pronta e solidária para apoiar os portugueses onde e quando necessário.
  (Fonte: portal da MGP, 15. 4. 2020)
15 DE ABRIL DE 2020, 19:41

(Colaboração do Eurico Ferreira de Carvalho)

Engenheiros Máquinistas do CR

A mais elementar obrigação de Camaradagem obriga-me neste momento a deixar aqui o meu sincero agradecimento aos Camaradas da «MÁQUINA» do nosso Curso.
Tantas recordações trazem-me saudades do tempo decorrido sobre a nossa vivência de cadetes, de namoro ( cada um com a sua ), encontros de família, e encontros já depois de reformados. 
Ilustro estes tempos com fotografias alusivas:
  1. CADETES ( os seis Magníficos)
  2. Saídas com as namoradas
  3. Casamento
  4. Encontros de família
  5. Encontros de reformados
Deixo o trabalho para  cada um dos Camaradas se identificarem.
Caso haja dúvidas contem com a minha participação.
Um abraço
Possidónio Roberto








Será?...


Pousando para a posteridade (1)


Tivemos acesso a este quadro, dum pintor* conhecido no Minho (também autor de várias cenografias para teatro com grande gosto pelo ciclismo que ainda hoje pratica), pessoa simples e afável, que pratica preços muito acessíveis às nossas pensões, cujo contacto não terei dificuldade em obter e disponibilizar a eventuais interessados.
Sabemos que este quadro não exigiu a presença do modelo, alguém do nosso tempo da Escola Naval, não necessáriamente Minhoto.
De quem se trata?

Nota* - Ilídio Barbosa, de Barroselas

terça-feira, abril 14, 2020

CR's em actividade: HAFonseca (e não só) na Revista de Marinha JAN/FEV2020

Por ausência prolongada da minha residência oficial e sem ter dado ordens para reencaminhamento da correspondência que ali recebo e que é o caso da Revista de Marinha, só hoje consegui, por amabilidade do Director da RM, receber por mail o seu nº 1013 de JAN/FEV2020, de que normalmente aqui divulgamos o respectivo Prefácio:

Do mesmo autor, na pág.85 a habitual "RM há mais de OITENTA ANOS".

Nota da Redacção: 
Nesta mesma Revista, podem ser lidas:
- nas págs. 28 e 29 um artigo sobre "A Política Naval da Marinha do Brasil" do Victor Cajarabille
- na pág. 83, a apreciação feita por outro camarada CR de inciais JPVB, do livro recentemente publicado por 14 Oficiais do 14º CFORN, de título "Crónicas intemporais".
Recomenda-se ainda o artigo "As navegações nos Rios da Guiné - Uma náutica especial em tempo de guerra" do OC Adelino Rodrigues da Costa

segunda-feira, abril 13, 2020

Uma viagem da antiga SAGRES 1942/43


Uma peça algo rara, mesmo única: o desenho, em papel vegetal, já muito roído pelo tempo, da Viagem da “Sagres” 1942/43 (segundo lá diz).
Este desenho foi feito a bordo, não sei por quem (eventualmente por um oficial) e as datas não são completamente seguras:
- A partida foi, sem dúvida, em 7OUT42; a chegada a Buenos Aires terá sido a 12DEC42 (embora esteja lá escrito 12DEC43…) e a chegada a Lisboa terá sido a 28FEV43, ou 1MAR43, não se percebe bem.
E a viagem terá sido a Cabo Verde, Brasil, Uruguai(?) e Argentina.

(Colaboração e autoria da informação do FSLourenço)

quinta-feira, abril 09, 2020

Covid-19 em 09ABR2020

Ainda sobre o Covid-19, recomendamos a visualização do trabalho publicado sobre este assunto pelo nosso camarada CR Manuel Rebelo Marques que pode ser visto aqui.

quarta-feira, abril 08, 2020

Fotografias antigas: ZCavaco, AAlmeida e AFidalgo

Chegaram-nos às "mãos" três fotografias, do início dos anos setenta, de elementos do nosso CR, todas elas devidamente identificadas, todos sem barbas nem bigodes:


Agradecemos ao Alves d'Almeida a disponibilização destas fotos.

sábado, abril 04, 2020

MEMÓRIAS, 1975, envolvendo 4 CR’s.

MEMÓRIAS
Aproveitando um período de fabricos da LFG “Centauro” que eu, o CR 43, comandava em Angola desde Junho de 1974, vim em 1975 usar as férias a que tinha direito com a Família (mulher e dois filhos) ao nosso Portugal Continental. Chegado a Lisboa na véspera do célebre 11 de Março, dois ou três dias depois cruzei-me com um camarada de Marinha que me felicitou por ter visto na Ordem da Armada a minha nomeação para comandar um navio, mas que não se lembrava de qual. Agradeci, mas referi-lhe que já estava a comandar há quase um ano em Angola e que seria eventualmente alguma correcção à minha nomeação anterior, mas que de facto me causava alguma estranheza. Perante a dúvida que o assunto me suscitou desloquei-me ao Clube Militar Naval onde fui consultar as Ordens da Armada que ali estavam disponíveis. Pude assim confirmar de facto que tinha sido exonerado da Centauro, sendo aí substituído pelo CR 35 que também estava a comandar outra LFP INOP, sendo eu nomeado sem qualquer indicação prévia para comandar a “Ariete”, também em Angola, em substituição do camarada do nosso Curso, o CR 8, que regressava á Metrópole para outra função para que fora requisitado. Confesso que, apesar da altura que vivíamos, o procedimento para me nomearem para outro comando sem a nível superior nada me terem dito, me causou grande estranheza. (Só que, soube mais tarde e já em Angola, a “Ariete” tinha nesse período uma Missão a S. Tomé e Príncipe e necessitava de um Comandante e para tal foi nomeado provisoriamente o CR 35.)
Finalizadas as minhas férias regresso a Luanda, assumo o comando da “Ariete” e tenho imediatamente uma outra Missão a S. Tomé, dias antes da independência daquele novo País, para levar necessidades urgentes que ali faltavam, nomeadamente combustível* e géneros. E o navio de guerra que ali se encontrava (entre os navios que em comissão em Angola rodavam por S. Tomé cerca de 2 meses) era o NRP “Pégaso” (LFG) comandado por outro camarada do nosso Curso, o CR 46. Estivemos ali alguns dias atracados no mesmo cais (depois de uns dias fundeado por falta de lugar), quer antes duma deslocação que fiz ao Príncipe - a primeira e única que ali fiz e onde, atracado no cais, fiquei com o navio assente no fundo na baixa-mar já que as amplitudes de maré eram altas e o meu navio de fundo chato -. Sensação que, apesar de calculada e prevista, não foi muito agradável e deveras estranha.
Mas voltando a Ana Chaves e quase a terminar essa missão, ainda tive a triste oportunidade de fotografar em "slides" a retirada de algumas estátuas dos locais onde se encontravam e serem depositadas junto ao forte onde funcionava o nosso Comando de Defesa Marítima e percorrer uma parte significativa da Ilha; este percurso com um meteorologista que todos conhecem porque pertenceu aos Cursos que nos antecederam na EN**, ex-NT e OC, para recolha de informações de alguns pontos, especialmente em roças, algumas bem conhecidas. Para mim especialmente curioso nesse percurso do seu trabalho, o levantamento dos papéis que foi substituir e que se inseriam por baixo de esferas de vidro para registo da intensidade do Sol.
Continuando ainda em Ana Chaves e tendo percorrido várias áreas da Ilha com o Comandante da Defesa Marítima com quem usufrui duns excelentes banhos de mar e mergulhos vendo numa fauna abundante peixes de várias cores, a que se seguiu um duche junto à estrada numa queda de água fria, violento mas reconfortante e em que estava algo desassossegado a pensar se não viria alguma pedra a acompanhar a água. Da cidade recordo ainda uma quantidade significativa de elementos da guarnição, o Imediato incluído e por insistência minha, que tiraram nos poucos dias que ali estivemos a carta de condução de pesados-profissional, com grande alegria da escola de condução por umas tantas receitas inesperadas. Do Imediato (oficial RN) e conforme o seu relato após ter sido aprovado no exame, contou-me que no exame de mecânica houve algumas perguntas a que, com o desembaraço que lhe era reconhecido, respondeu: “Essa por acaso não sei, mas sff faça-me outra.”.
Outros episódios se passaram nessa curta estada mas reservo para este final a minha combinação com o CR Comandante da Pégaso (um exímio pianista e o único que nesta data já não está entre nós) para irmos jantar a um Restaurante local com alguma fama. Fomos de véspera como era recomendado para assegurar mesa e encontrava-se fechado a essa hora, mas alguém veio à porta atender-nos. Combinámos os pratos principais e já de partida voltam a chamar-nos e perguntam: “Vão querer sobremesa?” Claro que sim, respondemos. “É que nesse caso ainda tem de nos vir trazer hoje uma dúzia de ovos e meio quilo de açúcar.”
E assim fizemos depois de voltar aos nossos navios e pedir aos nossos “cabos de rancho” os seus préstimos.

Notas:
* Dessa Missão resultou que a empresa de combustíveis que tinha pedido o apoio da Marinha para esse transporte urgente, pagou um determinado montante à Marinha que esta doou a uma Instituição de religiosas (responsável por crianças carenciadas e em cujas instalações chovia), para obras na cobertura. Tendo sido uma obra rápida o CR43 não se livrou de ser convidado para a inauguração, onde um coro infantil cantou uma canção composta para o efeito de agradecimento à Marinha em cuja letra era várias vezes repetida “as gotas de chuva que caíam do telhado”.
* *Mata Reis
04ABR2020