quarta-feira, abril 06, 2011

AINDA A VIAGEM NA "SAGRES", 40 ANOS DEPOIS

Li, com o agrado de sempre, a "Revista da Armada" de Abril de 2011.

Desta vez, a minha satisfação pela leitura aumentou significativamente ao constatar, na peça com o título "NRP Sagres-Almoço de Comandantes", na pág. 7, que o nosso CROC RL tinha estado presente, a bordo, no dia 8 de Fevereiro p.p., num almoço que reuniu antigos comandantes da barca, justificado com a comemoração de uma data que nem sequer é redonda (49 anos...).

Lembrei-me então do dia 1 de Maio de 2005, quando passavam exactamente 40 anos sobre a nossa partida para a viagem e quando a maior parte do Curso reviveu, in loco, esse inesquecível dia .

E lembrei-me também que o nosso RL não esteve presente, apesar das insistentes démarches por parte de quem, com muito esforço mas igual dose de prazer, se disponibilizou para organizar aquela reunião, que visava essencialmente o reforço dos laços fraternos que acredito que, na generalidade, nos unem.

Desse tempo, recordo-me de ter ficado, por vários motivos, com a ideia de que o nosso RL teria um qualquer impedimento insanável, não identificado por mim, mas que inviabilizava definitivamente a sua presença na barca, junto com os companheiros de muitas décadas.

A notícia, que agora leio na "Revista da Armada", vem então despertar-me a possibilidade de duas conclusões, de génese diametralmente oposta:

-ou o nosso RL resolveu, nos anos que se seguiram, o seu "bloqueio" relativamente à "Sagres", desenlace que só me pode deixar feliz e contente; ou

-ter-se á tratado, apenas e tão só, de situações diferenciadas, em que num caso, o mais recente, a qualidade social do evento, das pessoas envolvidas e a sua projecção pública justificava plenamente a sua presença, enquanto que no outro, o nosso, os parâmetros relativos ao objectivo pretendido e, naturalmente, às pessoas envolvidas (na maioria, simples CR's e respectivas mulheres), não atingiam os mínimos necessários à afirmação prática de interesse da sua parte. Se assim foi, no que não quero acreditar, sobrevem-me uma desagradável frustração, por erradamente sobrevalorizar um certo tipo de idealismo que está fora do tempo ou das pessoas.

Talvez a história da eventual comemoração dos 50 anos venha dar-me a resposta a esta incómoda dúvida.

Com amizade.

2 comentários:

JPVillas-Boas disse...

Como diria o Fernando Pessa: E esta, heim?

s.pinho disse...

Como diria o diácono Remédios: Não abia nexexidade z z z z z ...!