terça-feira, junho 30, 2020

Aniversários de elementos do CR: Julho de 2020

Neste mês de Julho de 2020 temos os seguintes aniversariantes a quem enviamos um abraço de parabéns:

07JUL(1944) FILIPE HORÁCIO PEREIRA MACEDO (ver aqui)
09JUL(1944) HUMBERTO RAMOS DA COSTA ROQUE
18JUL(1942) ANTÓNIO JOSÉ CORREA POSSIDÓNIO ROBERTO
25JUL(1945) JOÃO FURTADO DE AZEVEDO COUTINHO
29JUL(1944) ANTÓNIO MANUEL VARELA MARQUES DE SÁ

Recordamos também neste mês de Julho, nas datas dos respectivos nascimentos, camaradas que já não estão entre nós: 
Em 03 de JULHO (de 1945) o MÁRIO ALBERTO DIAS MONTEIRO SANTOS e em
09 de JULHO (de 1945) o nosso camarada JOSÉ MANUEL BELO VARELA CASTELO.

quinta-feira, junho 25, 2020

Desafios culturais (39)

Uma das nossas Capitanias. De qual delas se trata?

Recordam-se se algum CR lá prestou serviço?

Foto de JPVB

sábado, junho 20, 2020

CR´s em actividade: Homenagem de HFonseca ao ALM Vieira Matias

Despedimo-nos hoje do Presidente do Conselho Editorial da Revista de Marinha, a quem prestamos homenagem.
 Nuno Gonçalo Vieira Matias nasceu em Porto de Mós, em 9 de julho de 1939. Como muitas vezes refere, junto ao local onde em 1385 se travou a “Batalha Real”, que teve lugar ali perto e não em Aljubarrota. Nasceu, curiosamente, a algumas centenas de metros da casa onde se diz que terá nascido D. Fuas Roupinho, o primeiro Almirante Português, que comandou as galés de D. Afonso Henriques que limparam a costa do reino de navios sarracenos. D. Fuas impediu os ataques às nossas povoações ribeirinhas e aos nossos pescadores e perseguiu os mouros até à costa do norte de África; morreu em Ceuta, em combate.
Vieira Matias ingressou na Escola Naval em 1958, no curso “Duarte Pacheco Pereira” – o “DP” na gíria naval – curso que terminou em 1961, um ano de má memória; estamos recordados, na verdade, que foi nesse ano que começou em Angola a “Guerra do Ultramar”, e em que o nosso “Estado da India”, Goa, Damão e Diu, foi invadido pela União Indiana.
Entre 1961 e 63, o jovem 2º Tenente Vieira Matias fez uma comissão de serviço em Angola, como Oficial de guarnição da fragata N.R.P. VASCO DA GAMA, uma unidade naval adquirida em segunda mão no Reino Unido e concebida para a escolta dos comboios de Murmansk na II Grande Guerra. Nesta comissão, por diversas vezes, guarneceu uma lancha a motor com elementos da “força de desembarque” da fragata, patrulhando o rio Chiloango, que faz fronteira com o Congo, no enclave de Cabinda. Terminada esta comissão, regressou à Metrópole e especializou-se em artilharia, e depois, como fuzileiro especial.
Comandou o DFE – Destacamento de Fuzileiros Especiais nº 13, na Guiné, entre abril de 1968 e janeiro de 1970. A maior parte da comissão foi passada na bacia do rio Cacheu, a norte, na base de Ganturé, mas o destacamento operou também a partir da Ilha de Bolama e na área do Rio Grande de Buba. Executou 35 operações e teve 32 contactos de fogo com o inimigo. Na operação GRANDE COLHEITA, em 23 de janeiro de 1969, na península do Sambuiá, na margem norte do rio Cacheu, capturou cerca de dez toneladas de armamento e munições, uma das maiores apreensões de material na Guerra do Ultramar! O DFE nº 13 causou 83 baixas ao inimigo, destruiu numerosos acampamentos e apreendeu ou destruiu 25 embarcações utilizadas pelos guerrilheiros do PAIGC nas suas cambanças, no atravessar dos rios. Contudo, sofreram quatro mortos e tiveram doze feridos em combate.
Em 1970 foi nomeado para prestar serviço na Escola Naval, como Professor de Artilharia e, em acumulação, como Diretor do Laboratório de Explosivos da Marinha. Foi nesta situação, na Escola Naval, que pela primeira vez me cruzei com o Almirante Vieira Matias, na altura um 1º Tenente muito antigo, sendo eu um jovem 2º Tenente, adjunto do Professor de Navegação e Instrutor de Cálculos Náuticos.
Com a revolução do 25 de abril de 1974 e com o regresso das unidades de fuzileiros do Ultramar, a Força de Fuzileiros, no Alfeite, onde a maioria das unidades operacionais de fuzileiros se concentravam, ganhou uma particular importância político-militar. O então jovem Capitão-Tenente Vieira Matias comandou a Força de Fuzileiros num período particularmente difícil, conseguindo manter o pessoal disciplinado e promovendo o regresso à normalidade.
Seguiu-se uma comissão na área da Autoridade Marítima, como Capitão dos Portos de Portimão e de Lagos. No fim da década de setenta do século passado, poucos anos após o 25 de abril, não era fácil fazer cumprir a Lei no meio marítimo! Os pescadores e os armadores eram muitas vezes instrumentalizados por partidos políticos, e por mais de uma vez ameaçaram invadir as instalações da Capitania do Porto de Portimão. Também os contrabandistas andavam muito ativos na costa, por vezes com contactos privilegiados nas Forças de Segurança e nas Autoridades Administrativas; e quando se viam impedidos de operar e de traficar, reagiam negativamente…
Em 1981 o Cap. Frag. Vieira Matias foi nomeado Comandante da fragata N.R.P. COMANDANTE JOÃO BELO, com a missão de levar pela primeira vez uma unidade naval daquela classe à STANAVFORLANT. Esta força naval permanente da NATO – hoje com uma designação e um conceito diferentes – era composta por sete ou oito unidades navais do tipo fragata, uma proveniente de cada um dos países aliados aderentes, que integravam a força por períodos de três a seis meses. No âmbito operacional esta força participava em numerosos exercícios e muitas vezes testava táticas experimentais, e no âmbito político mostrava a solidariedade da Aliança nas visitas e nas escalas planeadas.
Existia então o mito na Marinha de que as fragatas da classe COMANDANTE JOÃO BELO não eram adequadas para fazer parte daquela força naval NATO por terem um sistema de propulsão que reagia muito lentamente a alterações de velocidade. Na realidade, os quatro motores diesel daqueles navios tinham uma curva de aceleração e desaceleração fornecida pelo fabricante, mas a Direção Técnica da nossa Marinha promulgou outra, mais lenta, para “poupar” os motores. Os chefes do serviço de máquinas daquela classe de navios, por sua vez, davam instruções para as alterações de velocidade serem ainda mais lentas. Tudo com bons propósitos, naturalmente, para “poupar” os motores, mas os navios daquela classe reagiam muito mais lentamente do que os navios de outras Marinhas presentes na STANAVFORLANT, alguns deles também com motores diesel. O então Comandante Vieira Matias resolveu o problema e quebrou o “enguiço”: no seu navio passou a utilizar a curva de acelerações e desacelerações fornecida pelo fabricante, as reações do navio tornaram-se normais, semelhantes às dos outros navios da força e não se registaram avarias, nem nenhum problema técnico nas máquinas. A integração da fragata COMANDANTE JOÃO BELO em 1982 na STANAVFORLANT registou uma avaliação do Comandante da força muito positiva e correu muitíssimo bem!
Em 1983, quando a bordo da JOÃO BELO se planeava uma viagem de instrução de cadetes da Escola Naval com um conjunto de escalas muito apetecíveis … foi de novo necessário integrar a STANAVFORLANT para completar o período da unidade portuguesa que lá estava, que tendo sofrido um acidente  teve de regressar à base. E mais uma excelente avaliação do Comandante da Força, desta vez um Contra-Almirante alemão para o N.R.P. COMANDANTE JOÃO BELO e para o seu Comandante!
Vieira Matias desempenhou em seguida as exigentes funções de Chefe da Divisão de Operações do Estado-Maior da Armada. Nesse período, meados da década de oitenta do século passado, decorriam os estudos para a seleção de uma nova classe de fragatas, daquelas que viriam a ser a classe VASCO DA GAMA, com base no projeto alemão MEKO 200.
Escolhido para frequentar o curso de promoção a Oficial General, foi nomeado para participar no Naval Command College, no Naval War College, em Newport, Rhode Island, nos EUA, no ano letivo de 1988 / 89. Terminado o curso, seguiu-se um período como Professor no Instituto Superior Naval de Guerra, hoje agrupado com o Instituto de Altos Estudos Militares e o congénere da Força Aérea, no IUM – Instituto Universitário Militar.
Promovido a Contra-Almirante foi designado para o desempenho das funções de Sub-CEMA, Sub-Chefe do Estado-Maior da Armada. Neste lugar, para além da coordenação geral das múltiplas tarefas do Estado-Maior da Armada e outras tarefas de rotina, teve nas mãos o dossier da aquisição dos helicópteros que viriam a equipar as fragatas da classe VASCO DA GAMA. Não foi fácil … pois existiam fortes pressões para se adquirir um determinado tipo de helicóptero que não era o da preferência da Marinha, mas, com persistência, acabaram por se adquirir no Reino Unido cinco unidades do Lynx, que se comprova terem sido uma excelente escolha. A integração dos helicópteros na Marinha, a formação de raiz do pessoal e a localização e construção das infraestruturas da Esquadrilha de Helicópteros foram questões muito importantes, que na altura foram discutidas e tratadas no Estado-Maior da Armada.

Em 1990 cruzo-me de novo com o Almirante Vieira Matias. Fui então designado para Comandante do N.R.P. CORTE REAL, uma fragata tipo MEKO, da classe VASCO DA GAMA, em construção na Alemanha, e fiquei adstrito ao Estado-Maior da Armada no período de preparação, de frequência de cursos e organização dos serviços de bordo. Em 1991, ao partir para a Alemanha, fui-me despedir do então Sub-CEMA, Almirante Vieira Matias. Na conversa que então tivemos, falou-me numa disposição que existe na Royal Navy, da existência de uma publicação, um “manual de manobra” para cada classe de navios, onde se recolhem as especificidades de reação às ordens para as máquinas e para o leme e à influência do vento nas manobras. Fiquei a pensar naquela sugestão e no fim da minha comissão a bordo da fragata CORTE REAL, com o meu navegador, oficiais de quarto à ponte e engenheiros, sumarizamos a experiência que tínhamos recolhido num texto que foi enviado à então Esquadrilha de Escoltas e às outras duas unidades navais irmãs. O “manual de manobra” das fragatas da Classe VASCO DA GAMA suscitou interesse e rapidamente foi replicado nas outras classes de navios. Nunca comentei este assunto com o Almirante Vieira Matias, mas a génese destes documentos na nossa Marinha está na sugestão que me deu em meados de 1991 e que aqui recordo.
Promovido a Vice-Almirante, Vieira Matias foi designado Superintendente dos Serviços da Armada, funções em que tutelava as Direções de Navios, Abastecimento, Infraestruturas e Transportes e na altura, também o Arsenal do Alfeite.
Em 1995 foi nomeado para as funções de Comandante Naval, o responsável por toda a atividade operacional da Armada, e, em acumulação, Comandante-em-Chefe da Área Ibero Atlântica, o comando NATO CINCIBERLANT então instalado em Oeiras.
Nesta ocasião a minha carreira na Marinha cruza-se de novo com a do Almirante Vieira Matias. Em meados de 1994 fui designado Diretor do CITAN, o Centro de Instrução de Tática Naval, no Alfeite, na direta dependência do Comandante Naval. Numa das reuniões anuais que eu tinha com os outros Diretores de entidades similares das Marinhas NATO, foi-nos apresentado por um oficial canadiano o projeto de um “estágio para Comandantes”, com a duração de três semanas. Achei a ideia interessante, recolhi alguma informação e elaborei o projeto de um “estágio para Comandantes e Imediatos”, adaptado às nossas realidades e com a duração de duas semanas. Fiz um contacto informal com a área do pessoal, mas fui mal – sucedido. Acharam a ideia positiva, mas inviável, por falta de Oficiais disponíveis para o frequentar.
Poucas semanas depois deste meu revés, assume o Almirante Vieira Matias as funções de Comandante Naval. Na primeira reunião de trabalho que tivemos referiu-me que como Comandante da fragata COMANDANTE JOÃO BELO tinha sentido a necessidade de um estágio prévio, e disse-me para estudar essa questão. Referi-lhe que o assunto já estava estudado e que no dia seguinte lhe traria o programa do estágio, que mereceu uma rápida aprovação. E dois meses depois, aquilo que a área do pessoal considerava não ser exequível … estava a começar, com direito à presença do Comandante Naval na sessão de abertura. Manda quem pode!
Em fins de 1996 fui nomeado para as funções de chefe do estado-maior do Comando Naval, e nesse cargo trabalhei em contacto direto com o Almirante Vieira Matias. Guardo excelentes recordações do seu estilo de liderança. Frontal, dizia claramente o que queria; simultaneamente, era acessível e aberto a outras opiniões e pontos de vista e deixava o seu estado-maior trabalhar à vontade. Estive com ele pouco tempo no Comando Naval, apenas uns seis meses, pois em abril de 1997 foi designado para o desempenho das funções de Chefe do Estado-Maior da Armada.
O Almirante Vieira Matias foi Comandante da Marinha durante cinco anos, até meados de 2002. Foi um período difícil, trabalhou com quatro ou cinco Ministros da Defesa, com diferentes personalidades, e sempre com significativas dificuldades financeiras. Não foi fácil manter à tona de água os programas de construção dos novos patrulhas oceânicos, e especialmente, o programa de renovação da capacidade submarina, torpedeado de diversos quadrantes. Contudo, ambos os programas se mantiveram, tendo os contratos de construção sido assinados posteriormente, já comigo como Superintendente dos Serviços do Material, no mandato de CEMA do Almirante Vidal Abreu.
Permitam-me recordar ainda, um episódio em particular: a operação CROCODILO, que merece mais umas palavras… em 7 de junho de 1998, desencadeia-se uma crise político-militar na Guiné-Bissau, uma guerra civil, tendo os revoltosos ocupado o aeroporto de Bissalanca. O Almirante Vieira Matias sugere então aos “decisores políticos” o envio a Bissau de uma força naval para recolher as muitas centenas de portugueses que lá se encontravam, mas nenhuma decisão é tomada. Entretanto decorrem as cerimónias do 10 de junho que naquele ano incluíam uma parada naval comemorativa dos 500 anos da chegada de Vasco da Gama a Calecute, na Índia, e em que participavam 17 unidades navais de Marinhas de Guerra amigas.
Entretanto decorrem as cerimónias do 10 de junho que naquele ano incluíam uma parada naval comemorativa dos 500 anos da chegada de Vasco da Gama a Calecute, na Índia, e em que participavam 17 unidades navais de Marinhas de Guerra amigas. 
Com o tempo a passar e a situação no terreno, na Guiné, a agravar-se, o Almirante Vieira Matias toma a decisão de mandar sair uma força naval para “exercícios” ao largo da Madeira. E assim, a 11 de junho, no dia seguinte ao da parada naval, largaram da Base Naval, do Alfeite, quatro navios, a fragata VASCO DA GAMA com dois helicópteros Lynx, duas corvetas e o reabastecedor BÉRRIO, trazendo embarcados o DAE – Destacamento de Ações Especiais e equipas de fuzileiros com botes, um destacamento de mergulhadores, uma equipa médico-cirúrgica e um estado-maior operacional, tendo sido designado Comandante da Força (CTG) o então C.m.g. Fernando Melo Gomes.
No dia 13 de junho, os “decisores políticos” reconsideraram e aproveitaram esta força naval, então já a sul da  Madeira,  que seguiu para a Guiné-Bissau, onde recuperou 1237 refugiados, homens, mulheres e crianças, de 33 nacionalidades diferentes! Esta operação, realizada há quase 25 anos, é um verdadeiro case study! Julgo mesmo que Vasco da Gama terá ficado muito satisfeito com esta forma original de celebrar os 500 anos da sua chegada à India!!!
Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que a carreira do Almirante Vieira Matias na Marinha foi muito diversificada e completa, pois comandou um Destacamento de Fuzileiros Especiais, em combate, comandou uma fragata em exercícios internacionais, foi Capitão de Porto e Oficial de estado-maior. Pelo seu conjunto de qualidades pessoais e profissionais, e pelo seu sempre elevado desempenho, granjeou muito prestígio na Marinha. Era então uma autêntica referência para os Oficiais mais novos, no número dos quais me incluía.
Em 3 de agosto de 2002, o Almirante Vieira Matias termina o seu mandato como CEMA e passou à situação de reserva, ficando desligado do serviço ativo.
Iniciou então uma nova carreira, agora na vida civil, na Universidade, na Cultura e como “doutrinador de uma nova maritimidade para Portugal”.
Integrou então, por algum tempo, o European Security Research Board, da União Europeia, e foi membro muito ativo da Comissão Estratégica dos Oceanos, onde representou o Ministério da Defesa.
Em 2003 participou no Congresso da Figueira da Foz da AORN – Associação dos Oficiais da Reserva Naval, onde foi decidido promover uma campanha nacional para divulgar a importância estratégica do mar para Portugal. Integrou então, com o Prof. Dr. Ernâni Lopes, com o Cte. Virgílio de Carvalho e outros membros da AORN, um gabinete, que chefiou, e que promoveu ao longo de alguns anos conferências e colóquios sobre a importância do mar nas cidades do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Sines, Portimão, Ponta Delgada, Setúbal e Cascais (possivelmente, ainda noutros locais que me falham).
Participou com Ernâni Lopes e Poças Esteves nos trabalhos conduzidos pela SAER e que originaram a obra “O Hypercluster do Mar”, que esteve na origem do “Forum Empresarial da Economia do Mar”, hoje o “Forum Oceano”.
Desde outubro de 2004 que colaborou com o IEP – Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica onde lecionou cadeiras, proferiu conferências e participou em diversos “Programas Avançados”. De assinalar a direção científica, em colaboração com o Prof. Doutor Adriano Moreira, das quatro edições do “Programa Avançado em Estudos do Mar”. Lecionou também, na Universidade Católica de Moçambique, na cidade da Beira.
Foi Presidente da Academia de Marinha de 2009 a 2016, ao longo de dois mandatos, Vice-Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, Presidente do Conselho Supremo da Liga dos Combatentes, Vogal do Conselho das Ordens Honorificas Portuguesas, membro do Conselho Nacional de Educação, Presidente da Liga dos Amigos do Jardim Botânico de Lisboa e Administrador da EDISOFT, representando o Ministério da Defesa Nacional.
O Almirante Vieira Matias foi membro de mérito da Academia Portuguesa da História, membro emérito da Academia das Ciências de Lisboa, sócio honorário da AORN – Associação dos Oficiais da Reserva Naval, Confrade Honorário da Confraria Marítima – Liga Naval de Portugal e da Cofradia Europea de la Vela, membro do Conselho de Honra do ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e Curador da Fundação Oceano Azul e foi Presidente Emérito do Conselho Supremo da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e titular da sua cadeira nº 2.
Em síntese, foi um chefe de família exemplar; com sua mulher, a Senhora Dona Maria Francisca, tiveram dois filhos, João Manuel e Ana Francisca, e três netos, Rita, Maria e Manuel.
Era um Homem de valores, de princípios e de causas.
Um amigo do seu amigo.
Um Homem de Cultura, um Académico.
Um líder, um chefe, um Comandante com quem dá gosto trabalhar.
Um marinheiro, um fuzileiro, um militar e um combatente.

O Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias era um verdadeiro Patriota e um Grande Português!

Nota: Este artigo, adaptado do texto lido por ocasião da homenagem prestada no Salão Nobre do SHIP a 20NOV2019, contém várias fotos que prescindimos de publicar e estarão disponíveis na Revista de Marinha e na respectiva Newsletter. Aproveitamos também para recordar que o nosso camarada de Curso Rodrigues Leite foi o seu Oficial Imediato no DFE13

quinta-feira, junho 18, 2020

Fotos antigas: Abertura Solene na Sociedade de Geografia (1)

Representação da Escola Naval em guarda de honra na Abertura Solene dos trabalhos na Sociedade de Geografia, sob o comando dum oficial instrutor da EN, 1º TEN Fialho Palma :


















O 1º Tenente Domingos Manuel Fialho Palma destacou da Escola Naval em 30MAI1964 (onde se apresentara em 30OUT1963) para ir para Moçambique exercer as funções de delegado marítimo na Ilha de Moçambique durante cerca de 2 meses, passando depois a Capitão do Porto de Nacala onde esteve até 1967, ano em que foi com a Família* para Inhambane, onde exerceu como Capitão do Porto de 1967 a 1968. 

Nota * Da qual já fazia parte o seu filho Jorge Manuel Novo Palma, mais tarde Oficial da Armada e Vice-Almirante.

Colaboração do Fernando Santos Lourenço.

sexta-feira, junho 12, 2020

CR's em actividade: VCajarabille na Revista de Marinha nº1013

Nas páginas 28 e 29 da Revista de Marinha nº 1013, de JAN/FEV 2020, um artigo do nosso camarada CR/HC Victor Lopo Cajarabille sobre A Política Naval da Marinha do Brasil.

quinta-feira, junho 11, 2020

CR's em actividade: Eurico Ferreira de Carvalho nos Anais do CMN

Nos ANAIS do Clube Militar Naval de JUL/DEZ2019, a páginas 595 a 601, mais uma colaboração do nosso camarada CR Eurico Ferreira de Carvalho (EFC), focando essencialmente a temática de homenagens a oficiais mortos na I GG pela Pátria.

segunda-feira, junho 08, 2020

Memórias com rãs


Este episódio verídico que vos vou contar, ocorreu no Séc. XX, tendo-me sido relatado por um dos intervenientes na história e foi para mim mais divertido do que para o personagem principal envolvido na mesma durante a viagem que vou relatar:
O Alm. AS estava fisgado em fazer uma cultura de coxas de rã num lago do jardim da sua casa em Lisboa e para isso necessitava de uns exemplares reprodutores que sabia existirem nos EUA.  Seriam os melhores no mercado internacional. Tendo tido conhecimento de deslocações frequentes do Alm CD àquele País, pediu-lhe se numa dessas vezes lhe trazia duas rãs reprodutoras provenientes dum produtor qualificado.
Parecendo-lhe um assunto simples, acedeu de imediato e após as diligências que o levaram ao outro lado do Atlântico deu início à preparação do seu regresso a Portugal por via aérea. Na véspera recolheu uma caixa com as ditas rãs, muito bem apresentada, e no dia da partida, juntou-a á sua bagagem pessoal. Após efectuado o check-in e já só com a bagagem de mão onde se incluía a dita caixa surge o 1º problema: A funcionária do controle, fardada e corpulenta,  exige-lhe a passagem pelo pórtico do Raio X com a caixa das rãs na mão, o que ele recusa por receio de que as radiações provocassem algum efeito nocivo sobre a sexualidade dos ditos batráquios. Situação que por ser inédita naquele aeroporto não só originou muitas conversações e a vários níveis, como o dispêndio de bastante tempo. Aceite finalmente a argumentação e que o transporte dos referidos animais não punha em causa a segurança, verificou-se então e finalmente o embarque, já com o pensamento no sono reparador que as horas de voo até Lisboa lhe iriam proporcionar. Já devidamente sentado apercebeu-se que junto das rãs vinha um conta-gotas e um aviso de que a bordo havia o risco da pele dos referidos animais não poder perder um certo nível de  humidade que, baixando, poria em risco as respectivas vidas; em conclusão, a falta de uns pingos de água de 30 a 30 minutos sobre as suas peles durante toda a viagem, poria em risco a sobrevivência dos pequenos animais. Lá se ía então por terra, o tão desejado e reparador sono!
Por sorte, a vizinha do lado, anglo-saxónica mas comunicativa e simpática (com antepassados lusos que certamente lhe deram enfase a essas qualidades), achou graça á situação e foi desenvolvendo conversa, ajudando até nalguns períodos a manter a necessária humidade dos batráquios-reprodutores, situação que se arrastou até à aterragem em Lisboa.
A entrega dos referidos reprodutores verificou-se, mas já não acompanhámos os passos seguintes do desenvolvimento do negócio, penso que de sucesso duvidoso no nosso País: O da comercialização para fins gastronómicos das coxas de rãs.
11MAI2020 JPVB

sábado, junho 06, 2020

Desafios culturais (38)

Mais um foto da nossa costa continental para ser identificada de grau mais fácil do que o anterior: