Despedimo-nos hoje do Presidente do Conselho Editorial
da Revista de Marinha, a quem prestamos homenagem.
Nuno Gonçalo Vieira Matias nasceu em Porto de Mós, em 9 de julho de 1939.
Como muitas vezes refere, junto ao local onde em 1385 se travou a “Batalha
Real”, que teve lugar ali perto e não em Aljubarrota. Nasceu, curiosamente, a
algumas centenas de metros da casa onde se diz que terá nascido D. Fuas
Roupinho, o primeiro Almirante Português, que comandou as galés de D. Afonso
Henriques que limparam a costa do reino de navios sarracenos. D. Fuas impediu
os ataques às nossas povoações ribeirinhas e aos nossos pescadores e perseguiu
os mouros até à costa do norte de África; morreu em Ceuta, em combate.
Vieira Matias ingressou na Escola Naval em 1958, no curso “Duarte Pacheco
Pereira” – o “DP” na gíria naval – curso que terminou em 1961, um ano de má
memória; estamos recordados, na verdade, que foi nesse ano que começou em
Angola a “Guerra do Ultramar”, e em que o nosso “Estado da India”, Goa, Damão e
Diu, foi invadido pela União Indiana.
Entre 1961 e 63, o jovem 2º Tenente Vieira Matias fez uma comissão de
serviço em Angola, como Oficial de guarnição da fragata N.R.P. VASCO DA GAMA,
uma unidade naval adquirida em segunda mão no Reino Unido e concebida para a
escolta dos comboios de Murmansk na II Grande Guerra. Nesta comissão, por
diversas vezes, guarneceu uma lancha a motor com elementos da “força de
desembarque” da fragata, patrulhando o rio Chiloango, que faz fronteira com o
Congo, no enclave de Cabinda. Terminada esta comissão, regressou à Metrópole e
especializou-se em artilharia, e depois, como fuzileiro especial.
Comandou o DFE – Destacamento de Fuzileiros
Especiais nº 13, na Guiné, entre abril de 1968 e janeiro de 1970. A maior parte
da comissão foi passada na bacia do rio Cacheu, a norte, na base de Ganturé,
mas o destacamento operou também a partir da Ilha de Bolama e na área do Rio
Grande de Buba. Executou 35 operações e teve 32 contactos de fogo com o
inimigo. Na operação GRANDE COLHEITA, em 23 de janeiro de 1969, na península do
Sambuiá, na margem norte do rio Cacheu, capturou cerca de dez toneladas de
armamento e munições, uma das maiores apreensões de material na Guerra do
Ultramar! O DFE nº 13 causou 83 baixas ao inimigo, destruiu numerosos
acampamentos e apreendeu ou destruiu 25 embarcações utilizadas pelos
guerrilheiros do PAIGC nas suas cambanças, no atravessar dos rios. Contudo, sofreram quatro mortos e tiveram
doze feridos em combate.
Em 1970 foi nomeado para prestar serviço na Escola Naval, como Professor de
Artilharia e, em acumulação, como Diretor do Laboratório de Explosivos da
Marinha. Foi nesta situação, na Escola Naval, que pela primeira vez me cruzei
com o Almirante Vieira Matias, na altura um 1º Tenente muito antigo, sendo eu
um jovem 2º Tenente, adjunto do Professor de Navegação e Instrutor de Cálculos
Náuticos.
Com a revolução do 25 de abril de 1974 e com o regresso das unidades de
fuzileiros do Ultramar, a Força de Fuzileiros, no Alfeite, onde a maioria das unidades
operacionais de fuzileiros se concentravam, ganhou uma particular importância
político-militar. O então jovem Capitão-Tenente Vieira Matias comandou a Força
de Fuzileiros num período particularmente difícil, conseguindo manter o pessoal
disciplinado e promovendo o regresso à normalidade.
Seguiu-se uma comissão na área da Autoridade Marítima, como Capitão dos
Portos de Portimão e de Lagos. No fim da década de setenta do século passado,
poucos anos após o 25 de abril, não era fácil fazer cumprir a Lei no meio
marítimo! Os pescadores e os armadores eram muitas vezes instrumentalizados por
partidos políticos, e por mais de uma vez ameaçaram invadir as instalações da
Capitania do Porto de Portimão. Também os contrabandistas andavam muito ativos
na costa, por vezes com contactos privilegiados nas Forças de Segurança e nas
Autoridades Administrativas; e quando se viam impedidos de operar e de
traficar, reagiam negativamente…
Em 1981 o Cap. Frag. Vieira Matias foi nomeado Comandante da fragata N.R.P.
COMANDANTE JOÃO BELO, com a missão de levar pela primeira vez uma unidade naval
daquela classe à STANAVFORLANT. Esta força naval permanente da NATO – hoje com
uma designação e um conceito diferentes – era composta por sete ou oito
unidades navais do tipo fragata, uma proveniente de cada um dos países aliados
aderentes, que integravam a força por períodos de três a seis meses. No âmbito
operacional esta força participava em numerosos exercícios e muitas vezes
testava táticas experimentais, e no âmbito político mostrava a solidariedade da
Aliança nas visitas e nas escalas planeadas.
Existia então o mito na Marinha de que as fragatas da classe COMANDANTE
JOÃO BELO não eram adequadas para fazer parte daquela força naval NATO por
terem um sistema de propulsão que reagia muito lentamente a alterações de
velocidade. Na realidade, os quatro motores diesel daqueles navios tinham uma
curva de aceleração e desaceleração fornecida pelo fabricante, mas a Direção
Técnica da nossa Marinha promulgou outra, mais lenta, para “poupar” os motores.
Os chefes do serviço de máquinas daquela classe de navios, por sua vez, davam
instruções para as alterações de velocidade serem ainda mais lentas. Tudo com
bons propósitos, naturalmente, para “poupar” os motores, mas os navios daquela
classe reagiam muito mais lentamente do que os navios de outras Marinhas
presentes na STANAVFORLANT, alguns deles também com motores diesel. O então
Comandante Vieira Matias resolveu o problema e quebrou o “enguiço”: no seu
navio passou a utilizar a curva de acelerações e desacelerações fornecida pelo
fabricante, as reações do navio tornaram-se normais, semelhantes às dos outros
navios da força e não se registaram avarias, nem nenhum problema técnico nas
máquinas. A integração da fragata COMANDANTE JOÃO BELO em 1982 na STANAVFORLANT
registou uma avaliação do Comandante da força muito positiva e correu
muitíssimo bem!
Em 1983, quando a bordo da JOÃO BELO se planeava uma viagem de instrução de
cadetes da Escola Naval com um conjunto de escalas muito apetecíveis … foi de
novo necessário integrar a STANAVFORLANT para completar o período da unidade
portuguesa que lá estava, que tendo sofrido um acidente teve de regressar
à base. E mais uma excelente avaliação do Comandante da Força, desta vez um
Contra-Almirante alemão para o N.R.P. COMANDANTE JOÃO BELO e para o seu
Comandante!
Vieira Matias desempenhou em seguida as exigentes funções de Chefe da
Divisão de Operações do Estado-Maior da Armada. Nesse período, meados da década
de oitenta do século passado, decorriam os estudos para a seleção de uma nova
classe de fragatas, daquelas que viriam a ser a classe VASCO DA GAMA, com base
no projeto alemão MEKO 200.
Escolhido para frequentar o curso de promoção
a Oficial General, foi nomeado para participar no Naval Command College, no Naval War College, em Newport, Rhode
Island, nos EUA, no ano letivo de 1988 / 89. Terminado o curso, seguiu-se um
período como Professor no Instituto Superior Naval de Guerra, hoje agrupado com
o Instituto de Altos Estudos Militares e o congénere da Força Aérea, no IUM –
Instituto Universitário Militar.
Promovido a Contra-Almirante foi
designado para o desempenho das funções de Sub-CEMA, Sub-Chefe do Estado-Maior
da Armada. Neste lugar, para além da coordenação geral das múltiplas tarefas do
Estado-Maior da Armada e outras tarefas de rotina, teve nas mãos o dossier da aquisição dos
helicópteros que viriam a equipar as fragatas da classe VASCO DA GAMA. Não foi
fácil … pois existiam fortes pressões para se adquirir um determinado tipo de
helicóptero que não era o da preferência da Marinha, mas, com persistência,
acabaram por se adquirir no Reino Unido cinco unidades do Lynx, que se comprova
terem sido uma excelente escolha. A integração dos helicópteros na Marinha, a
formação de raiz do pessoal e a localização e construção das infraestruturas da
Esquadrilha de Helicópteros foram questões muito importantes, que na altura
foram discutidas e tratadas no Estado-Maior da Armada.
Em 1990 cruzo-me de novo com o Almirante
Vieira Matias. Fui então designado para Comandante do N.R.P. CORTE REAL, uma
fragata tipo MEKO, da classe VASCO DA GAMA, em construção na Alemanha, e fiquei
adstrito ao Estado-Maior da Armada no período de preparação, de frequência de
cursos e organização dos serviços de bordo. Em 1991, ao partir para a Alemanha,
fui-me despedir do então Sub-CEMA, Almirante Vieira Matias. Na conversa que
então tivemos, falou-me numa disposição que existe na Royal Navy, da existência de uma
publicação, um “manual de manobra” para cada classe de navios, onde se recolhem
as especificidades de reação às ordens para as máquinas e para o leme e à
influência do vento nas manobras. Fiquei a pensar naquela sugestão e no fim da
minha comissão a bordo da fragata CORTE REAL, com o meu navegador, oficiais de
quarto à ponte e engenheiros, sumarizamos a experiência que tínhamos recolhido
num texto que foi enviado à então Esquadrilha de Escoltas e às outras duas
unidades navais irmãs. O “manual de manobra” das fragatas da Classe VASCO DA
GAMA suscitou interesse e rapidamente foi replicado nas outras classes de
navios. Nunca comentei este assunto com o Almirante Vieira Matias, mas a génese
destes documentos na nossa Marinha está na sugestão que me deu em meados de
1991 e que aqui recordo.
Promovido a Vice-Almirante, Vieira Matias foi designado Superintendente dos
Serviços da Armada, funções em que tutelava as Direções de Navios,
Abastecimento, Infraestruturas e Transportes e na altura, também o Arsenal do
Alfeite.
Em 1995 foi nomeado para as funções de Comandante Naval, o responsável por
toda a atividade operacional da Armada, e, em acumulação, Comandante-em-Chefe
da Área Ibero Atlântica, o comando NATO CINCIBERLANT então instalado em Oeiras.
Nesta ocasião a minha carreira na Marinha cruza-se de novo com a do
Almirante Vieira Matias. Em meados de 1994 fui designado Diretor do CITAN, o
Centro de Instrução de Tática Naval, no Alfeite, na direta dependência do
Comandante Naval. Numa das reuniões anuais que eu tinha com os outros Diretores
de entidades similares das Marinhas NATO, foi-nos apresentado por um oficial
canadiano o projeto de um “estágio para Comandantes”, com a duração de três
semanas. Achei a ideia interessante, recolhi alguma informação e elaborei o
projeto de um “estágio para Comandantes e Imediatos”, adaptado às nossas
realidades e com a duração de duas semanas. Fiz um contacto informal com a área
do pessoal, mas fui mal – sucedido. Acharam a ideia positiva, mas inviável, por
falta de Oficiais disponíveis para o frequentar.
Poucas semanas depois deste meu revés, assume o Almirante Vieira Matias as
funções de Comandante Naval. Na primeira reunião de trabalho que tivemos
referiu-me que como Comandante da fragata COMANDANTE JOÃO BELO tinha sentido a
necessidade de um estágio prévio, e disse-me para estudar essa questão.
Referi-lhe que o assunto já estava estudado e que no dia seguinte lhe traria o
programa do estágio, que mereceu uma rápida aprovação. E dois meses depois,
aquilo que a área do pessoal considerava não ser exequível … estava a começar,
com direito à presença do Comandante Naval na sessão de abertura. Manda quem
pode!
Em fins de 1996 fui nomeado para as funções de chefe do estado-maior do
Comando Naval, e nesse cargo trabalhei em contacto direto com o Almirante
Vieira Matias. Guardo excelentes recordações do seu estilo de liderança.
Frontal, dizia claramente o que queria; simultaneamente, era acessível e aberto
a outras opiniões e pontos de vista e deixava o seu estado-maior trabalhar à
vontade. Estive com ele pouco tempo no Comando Naval, apenas uns seis meses,
pois em abril de 1997 foi designado para o desempenho das funções de Chefe do
Estado-Maior da Armada.
O Almirante Vieira Matias foi Comandante da Marinha durante cinco anos, até
meados de 2002. Foi um período difícil, trabalhou com quatro ou cinco Ministros
da Defesa, com diferentes personalidades, e sempre com significativas
dificuldades financeiras. Não foi fácil manter à tona de água os programas de
construção dos novos patrulhas oceânicos, e especialmente, o programa de
renovação da capacidade submarina, torpedeado de diversos quadrantes. Contudo,
ambos os programas se mantiveram, tendo os contratos de construção sido
assinados posteriormente, já comigo como Superintendente dos Serviços do
Material, no mandato de CEMA do Almirante Vidal Abreu.
Permitam-me recordar ainda, um episódio em particular: a operação
CROCODILO, que merece mais umas palavras… em 7 de junho de 1998, desencadeia-se
uma crise político-militar na Guiné-Bissau, uma guerra civil, tendo os
revoltosos ocupado o aeroporto de Bissalanca. O Almirante Vieira Matias sugere
então aos “decisores políticos” o envio a Bissau de uma força naval para
recolher as muitas centenas de portugueses que lá se encontravam, mas nenhuma
decisão é tomada. Entretanto decorrem as cerimónias do 10 de junho que naquele
ano incluíam uma parada naval comemorativa dos 500 anos da chegada de Vasco da
Gama a Calecute, na Índia, e em que participavam 17 unidades navais de Marinhas
de Guerra amigas.
Entretanto decorrem as cerimónias do 10 de junho que naquele ano incluíam
uma parada naval comemorativa dos 500 anos da chegada de Vasco da Gama a
Calecute, na Índia, e em que participavam 17 unidades navais de Marinhas de Guerra
amigas.
Com o tempo a passar e a
situação no terreno, na Guiné, a agravar-se, o Almirante Vieira Matias toma a
decisão de mandar sair uma força naval para “exercícios” ao largo da Madeira. E
assim, a 11 de junho, no dia seguinte ao da parada naval, largaram da Base
Naval, do Alfeite, quatro navios, a fragata VASCO DA GAMA com dois helicópteros
Lynx, duas corvetas e o reabastecedor BÉRRIO, trazendo embarcados o DAE –
Destacamento de Ações Especiais e equipas de fuzileiros com botes, um
destacamento de mergulhadores, uma equipa médico-cirúrgica e um estado-maior
operacional, tendo sido designado Comandante da Força (CTG) o então C.m.g.
Fernando Melo Gomes.
No dia 13 de junho, os
“decisores políticos” reconsideraram e aproveitaram esta força naval, então já
a sul da Madeira, que seguiu para a Guiné-Bissau, onde recuperou
1237 refugiados, homens, mulheres e crianças, de 33 nacionalidades diferentes!
Esta operação, realizada há quase 25 anos, é um verdadeiro case study! Julgo mesmo que Vasco da Gama
terá ficado muito satisfeito com esta forma original de celebrar os 500 anos da
sua chegada à India!!!
Podemos
afirmar, sem sombra de dúvida, que a carreira do Almirante Vieira Matias na
Marinha foi muito diversificada e completa, pois comandou um Destacamento de
Fuzileiros Especiais, em combate, comandou uma fragata em exercícios
internacionais, foi Capitão de Porto e Oficial de estado-maior. Pelo seu
conjunto de qualidades pessoais e profissionais, e pelo seu sempre elevado
desempenho, granjeou muito prestígio na Marinha. Era então uma autêntica
referência para os Oficiais mais novos, no número dos quais me incluía.
Em 3 de agosto de 2002, o
Almirante Vieira Matias termina o seu mandato como CEMA e passou à situação de
reserva, ficando desligado do serviço ativo.
Iniciou
então uma nova carreira, agora na vida civil, na Universidade, na Cultura e
como “doutrinador de uma nova maritimidade para Portugal”.
Integrou então, por algum
tempo, o European Security Research
Board, da União Europeia, e foi membro muito ativo da Comissão
Estratégica dos Oceanos, onde representou o Ministério da Defesa.
Em
2003 participou no Congresso da Figueira da Foz da AORN – Associação dos
Oficiais da Reserva Naval, onde foi decidido promover uma campanha nacional
para divulgar a importância estratégica do mar para Portugal. Integrou então,
com o Prof. Dr. Ernâni Lopes, com o Cte. Virgílio de Carvalho e outros membros
da AORN, um gabinete, que chefiou, e que promoveu ao longo de alguns anos
conferências e colóquios sobre a importância do mar nas cidades do Porto, Viana
do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Sines, Portimão, Ponta Delgada, Setúbal e
Cascais (possivelmente, ainda noutros locais que me falham).
Participou com Ernâni Lopes e
Poças Esteves nos trabalhos conduzidos pela SAER e que originaram a obra “O
Hypercluster do Mar”, que esteve na origem do “Forum Empresarial da Economia do
Mar”, hoje o “Forum Oceano”.
Desde
outubro de 2004 que colaborou com o IEP – Instituto de Estudos Políticos da
Universidade Católica onde lecionou cadeiras, proferiu conferências e
participou em diversos “Programas Avançados”. De assinalar a direção
científica, em colaboração com o Prof. Doutor Adriano Moreira, das quatro
edições do “Programa Avançado em Estudos do Mar”. Lecionou também, na
Universidade Católica de Moçambique, na cidade da Beira.
Foi
Presidente da Academia de Marinha de 2009 a 2016, ao longo de dois mandatos,
Vice-Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, Presidente do Conselho
Supremo da Liga dos Combatentes, Vogal do Conselho das Ordens Honorificas
Portuguesas, membro do Conselho Nacional de Educação, Presidente da Liga dos
Amigos do Jardim Botânico de Lisboa e Administrador da EDISOFT, representando o
Ministério da Defesa Nacional.
O Almirante Vieira Matias foi membro de mérito da Academia
Portuguesa da História, membro emérito da Academia das Ciências de Lisboa,
sócio honorário da AORN – Associação dos Oficiais da Reserva Naval, Confrade
Honorário da Confraria Marítima – Liga Naval de Portugal e da Cofradia Europea de la Vela, membro
do Conselho de Honra do ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e
Políticas e Curador da Fundação Oceano Azul e foi Presidente Emérito do
Conselho Supremo da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e titular
da sua cadeira nº 2.
Em
síntese, foi um chefe de família exemplar; com sua mulher, a Senhora Dona Maria
Francisca, tiveram dois filhos, João Manuel e Ana Francisca, e três netos,
Rita, Maria e Manuel.
Era
um Homem de valores, de princípios e de causas.
Um
amigo do seu amigo.
Um
Homem de Cultura, um Académico.
Um
líder, um chefe, um Comandante com quem dá gosto trabalhar.
Um
marinheiro, um fuzileiro, um militar e um combatente.
O
Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias era um verdadeiro Patriota e um Grande
Português!
Nota: Este artigo, adaptado do texto lido por ocasião da homenagem prestada no Salão Nobre do SHIP a 20NOV2019, contém várias fotos que prescindimos de publicar e estarão disponíveis na Revista de Marinha e na respectiva Newsletter. Aproveitamos também para recordar que o nosso camarada de Curso Rodrigues Leite foi o seu Oficial Imediato no DFE13