segunda-feira, janeiro 01, 2024

Aniversários de elementos do CR: Janeiro 2024

Eis-nos em 2024, um Novo Ano ainda mal iniciado, mas alvo dos mais amplos desejos de felicidades trocados num ritual antigo que parece ignorar que o novo ano não é um recomeço, mas muito mais a continuação dos anos já passados e consequência de acertos, falhas, ou sorte e ainda, simplesmente, do inevitável passar do tempo cujas pegadas são irreversíveis. Apesar de tudo, porém, aqui ficam os desejos de que sejam o mais felizes possível neste Novo Ano.

O mês de Dezembro há pouco terminado trouxe poucas razões para optimismo. De facto, a guerra resultante da invasão da Ucrânia pela Federação Russa não mostra qualquer tendência para um fim próximo, nem é conhecida qualquer iniciativa diplomática capaz de trazer a paz à região. Muito ao contrário, os últimos meses foram sendo preenchidos com uma anunciada “contra-ofensiva” por parte das autoridades ucranianas cujos resultados parecem ter sido próximos da nulidade. O que não é nulo são as baixas militares e civis, ucranianas ou russas cujos números são apenas estimativas, mas muito significativos, a destruição material e as consequências nas sociedades.

Apesar de alguns observadores considerarem o conflito que opõe Israel ao Hamas, na Palestina, menos danoso para a paz mundial do que o que se passa na Ucrânia, é inegável que uma nova guerra se iniciou e se recolhem declarações, por parte das autoridades israelitas, que será longa. A intensidade das operações, as particularidades em que se desenvolvem e as dramáticas consequências para a população da faixa de Gaza motivam muitas críticas internacionalmente e criam clivagens políticas onde o conflito ucraniano as não evidencia.

Quanto ao potencial de expansão, basta referir que a navegação no Mar Vermelho, seja qual for a bandeira sob que naveguem os navios, foi atacada pelo grupo dos Hutis, envolvido em já longa guerra civil para obter o controlo do Iémen, sob o pretexto de pressionar Israel, com importantes consequências para a liberdade no mar e para rotas marítimas do comércio mundial. Naturalmente o tráfego marítimo tenderá a procurar o Cabo da Boa Esperança para atingir os seus destinos, evitando o Canal do Suez, com aumento da duração da viagem, do consumo de combustível, do custo do transporte e, é evidente, do preço final dos produtos comerciados.

Em Portugal iniciou-se um período naturalmente virado para as eleições marcadas para Março, uma campanha eleitoral oficiosa e um ambiente de imprevisibilidade que se arrastará por longos meses. Dezembro trouxe também o decepcionante resultado das avaliações relacionadas com o ensino. De facto, os resultados do PISA (Programme for International Student Assessment), mostraram significativo decréscimo em relação aos obtidos quer em 2015 quer em 2018 nos três domínios avaliados, Leitura, Ciências e Matemática. É verdade que os resultados dos estudantes portugueses não destoam dos obtidos pelos estudantes de outras nacionalidades, mas o decréscimo tem um significado que não pode ser esquecido. Tanto mais que também foram conhecidos os resultados das provas de aferição nacionais, para alunos mais novos do que os observados pelo PISA, classificados como “desastrosos”. Várias explicações (desinteresse dos alunos pela ausência de consequências, dificuldades resultantes da introdução dos computadores durante a prova, greves, pandemia, entre outras), mas esse é o domínio de quem conhece o assunto. O que parece é que algo vai (deveras) mal no ensino em Portugal.

Na Marinha, foi assinado o contrato com a West Sea (Viana do Castelo) para a construção de seis novos navios de patrulha oceânica, num valor global de cerca de 300 M€, que se prevê que venham a entrar em serviço entre 2027 e 2030, tendo decorrido a cerimónia na Casa da Balança. 

oOo

Neste mês celebram mais um aniversário:

07JAN (1945) Aristides da Costa e Silva
21JAN (1944) José Maria Rodrigues Rica

a quem daqui dirigimos um abraço de parabéns, recordando também o António Júlio Monsanto de Campos, nascido a 31JAN45 e falecido a 18DEZ2017 e o Alexandre José dos Santos, nascido a 16JAN1945, que julgamos já falecido, mas cujo registo não consta no Arquivo de Identificação.