domingo, janeiro 01, 2023

Aniversários de elementos do CR: Janeiro 2023

Jogar à bola é algo simples, fácil de compreender e fácil de executar. Joga-se em qualquer lugar, na rua, num baldio ou na praia, improvisa-se bola e balizas. Não as há? Criam-se, duas marcas de cada lado, aproximadamente da mesma dimensão, talvez com a pasta da escola, umas pedras ou roupa amontoada. A bola é muito cara? Fabrica-se uma, basta uma meia velha, alguns trapos ou papéis. Não há árbitro? Desnecessário! É preciso escolher duas equipas? Dois futuros jogadores separam-se alguns metros, e medem a distância com os seus pés; quem calcar o pé do outro inicia a escolha, alternando com o perdedor. Não há relógio para medir o tempo de cada parte? Troca aos 5 e acaba aos 10. O número de pretendentes é ímpar? O último escolhido muda de equipa a meio tempo. Só há dois jogadores? Joga-se baliza a baliza. Não há quarda-redes? Marca-se a zona onde o remate é possível e talvez se diminua a dimensão da baliza.

Claro, há o futebol. Onde as regras são mais rigorosas, onde tudo é mais sério, onde o jogo vive para além dele próprio, de permeio com outros jogos de outras equipas, na disputa de torneios. Mas a simplicidade original, a simbiose entre o individual e a equipa, o sabor da vitória, da habilidade da finta, do desarme, ou do golo obtido ou evitado, das fífias, das perdidas insanas ou dos frangos e dos imponderáveis próprios de um jogo lá estão e são sentidos e partilhados em comum e nem o árbitro ou os espectadores se excluem. Cada encontro é único, derrota ou vitória encerram-se quando termina, entrem ou não para a história em lugar destacado ou tragam consequências num torneio. No próximo encontro tudo recomeça por 0-0.

O futebol hoje é ubíquo, evoluiu muito a partir dos anos 50 do século passado, movimenta incontáveis interesses, emociona multidões, influencia governantes. Um dos grandes responsáveis por esta evolução, Edson Arantes do Nascimento, Pelé, faleceu no final do mês passado. Dotado de uma extraordinária habilidade, exibia velocidade, força, inventiva na finta, facilidade no remate e rapidez de reacção espantosas, tendo-se tornado no que alguns designam como o primeiro “jogador-marca” do mundo ou, também, o “melhor futebolista de sempre”.

O futebol continuará a evoluir, e virá provavelmente a ser bem diferente do que hoje conhecemos. Mas Pelé não será esquecido por muito tempo. Que descanse em paz.  

Na Ucrânia a guerra continuou, aparentemente com as forças da Federação Russa a consolidar o domínio sobre a região sudeste do país, noticiando-se a construção de obras de defesa, o aumento de efectivos e ataques intensos e frequentes a infraestruturas necessárias à produção e distribuição de energia. Como resultado a energia disponível tornou-se deficitária, pelo menos em algumas regiões, gerando um problema grave durante o inverno.

Na frente diplomática registam-se declarações em que a paz e a negociação estão presentes. A Ucrânia manifestou o desejo de uma cimeira de paz até ao fim de Fevereiro, sob a égide da Organização das Nações Unidas e com a participação do respectivo Secretário Geral, mas com condições para que a Federação Russa pudesse estar presente, a saber, que a Rússia aceitasse ser julgada em tribunal internacional por crimes de guerra. Pelo seu lado, o Presidente da Rússia afirma que a Rússia está pronta a negociar, mas apenas sobre situações que sejam aceitáveis. Parece evidente que a diplomacia só está diplomaticamente a falar, mas a efectiva vontade de paz está ainda longe de poder manifestar-se realmente.

A COVID parece estar em franco crescimento na China, motivando sérias preocupações caso se venha, como não seria surpresa, a espalhar-se por outros países, em particular se uma nova vaga for estimulada por variantes de características desconhecidas. Alguns países já tomaram medidas para restringir entradas de pessoas portadoras provindas da China, mas, dada a experiência do passado, tais medidas não podem ser consideradas como suficientemente eficazes.

Estamos pois num novo ano, MMXXIII, atravessando um Inverno por enquanto bem pródigo em nuvens prontas a deixar cair água para o solo. Neste mês de Janeiro celebram os respectivos aniversários:

07JAN (1945) Aristides da Costa e Silva
21JAN (1944) José Maria Rodrigues Rica

A ambos um abraço de parabéns.

Recordamos também o António Júlio Monsanto de Campos, nascido a 31JAN45 e falecido a 18DEZ2017 e o Alexandre José dos Santos, nascido a 16JAN1945, que julgamos já falecido, mas cujo registo não consta no Arquivo de Identificação.

Um 2023 Feliz