quarta-feira, setembro 21, 2022

Encontros do CR: Almoço em 29SET2022

Está previsto para 29 deste mês de Setembro, quinta-feira, pelas 1230, o próximo encontro do CR, na forma de um almoço a realizar no Restaurante "Mar e Grelha", em que o centro de gravidade se situará em torno de uma sardinhada.

Aguardamos as vossas inscrições até ao dia 27, que podem ser feitas junto do S. Pinho, do V. Cunha ou do C. Roque, que igualmente estão em condições de fornecer qualquer esclarecimento adicional de que careçam.



quinta-feira, setembro 15, 2022

Convívio do Curso: Setembro 2022

 

Foi em 8 de Setembro que teve lugar mais um encontro deste Curso, que se realizou no restaurante da Associação de Comandos, integrado no espaço da antiga Bataria da Lage, em S. Amaro de Oeiras.

Estiveram presentes 18 membros do Curso, Correia Marques, Saldanha Carreira, Cardoso Anaia, Santos Lourenço, Moreira Pereira, Freire Menezes, Vasconcelos Carrasco, Medeiros de  Sousa, Costa e Silva, Silva e Pinho, Vasconcelos da Cunha, Reynaud da Silva, Costa Roque, Possidónio Roberto, Rebelo Duarte, Matias Cortes, Rebelo Marques e Almeida Viegas (e seu filho Guilherme), muitos acompanhados das suas cônjuges, como a foto mostra, acompanhados igualmente pela Fátima Oliveira (filha do nosso Comandante Abel), que gentilmente se juntou ao grupo.

Com uma vista sobre a foz do Tejo, tendo o Bugio em fundo, e aquele oceano “desconhecido” que dá pelo nome de Atlântico, foi visitada a histórica bataria, proporcionando agradáveis e descontraídos momentos.

 

quinta-feira, setembro 01, 2022

Aniversários de elementos do CR: Setembro 2022

Neste Agosto que ontem terminou, o fogo, um fenómeno natural, tornou-se notícia de primeira página ao atacar vários locais do país, entre os quais o Parque Natural da Serra da Estrela, onde o incêndio se instalou durante uma semana, como se, de férias, estivesse a gozar a beleza, a tranquilidade e o famoso queijo, na companhia dos animais de estimação que se dizem da raça com o mesmo nome que a Serra. Claro que uma multidão de quase 1500 operacionais, e muitos meios de combate foram mobilizados para o dominar, e conseguiram-no, mas no final tinham ardido mais de 1750 ha, a destruição atingiu todo o ecosistema do Parque, provocou vários feridos e deslocação de populações. Mas podia ter sido pior, já que o Governo divulgou que estudos e simulações previam, dadas as condições meteorológicas, que a área pudesse ser 30% maior; e rapidamente anunciou um plano de revitalização com condições para atrair mais pessoas, diversificar actividades económicas e apostar no turismo, o que garantirá a presença da actividade económica, que considerou “uma das melhores formas de prevenir incêndios”, apontando para que o Parque Natural fique no futuro “melhor do que estava”. Esperemos que tal plano não venha a encalhar nos recifes onde tantos planos enferrujam e que não fira a característica “natural” da zona.

Prosseguiu a guerra na Ucrânia, onde os avanços militares parecem ter diminuído de amplitude. Nas declarações que têm vindo a público, não é, entretanto, visível, qualquer tentativa ou iniciativa que leve a um cessar fogo e a um transferir do conflito para a mesa das negociações. Cada um dos lados insiste nas suas posições, essencialmente baseadas na força militar, o que não permite optimismos. A União Europeia, em notícia de ontem, 31 de Agosto, irá suspender (ou terminar) o acordo que permitia facilitar a emissão de vistos de circulação na UE aos cidadãos russos.

O custo de vida foi outro assunto dominante durante o mês passado, sabendo-se, da estatística também ontem publicada, que a inflação se situou nos 9%. Mas a maior preocupação fixou-se no custo da energia, que parece não só ter características de instabilidade, mas sobretudo se encontrar em crescendo que alguns observadores classificam de “absurdo”. Além do custo, a própria disponibilidade vê-se ameaçada mercê da dependência de toda a UE (embora com diferenças entre os diversos países) da energia fornecida pela Rússia, agora profundamente afectada na sequência da invasão da Ucrânia, o que trouxe a primeiro plano a necessidade de introduzir medidas de poupança.

A meados do mês foi divulgado um pouco mais de um navio multifunções que a Marinha pretende construir, baseado num conceito a que foi atribuído o qualificativo de “revolucionário”. Trata-se de um navio de deslocamento à volta das 5000 toneladas, que poderá ser empregue em missões militares, de vigilância de extensas áreas no policiamento de “todo o tipo de actividades ilícitas”, em missões científicas e em missões logísticas. Será dotado de três tipos de drones, “mais do que 50 drones armados capazes de voar 24 horas seguidas a uma média de 150 quilómetros por hora [...] aptos para fazer vigilância e defesa, com capacidade de deteção, intersecção e ataque”, e também drones aquáticos e minisubmarinos, que no conjunto tornarão o navio “uma das armas mais letais e com maior alcance das Forças Armadas Portuguesas”. O uso de módulos contribuirá para a alteração funcional, podendo ser “rapidamente alterados conforme a utilização, sem ter de passar meses na doca”.

Na Escola Naval prosseguiu o concurso para admissão de cadetes. De entre 258 candidatos que foram convocados para as Provas Fisicas e de Adaptação ao Meio Aquático, apenas 138 o foram para as Provas de Avaliação Psicológica, Inspeção Médica e Junta de Recrutamento e Classificação. Para a 3ª e última fase do concurso, Verificação de Aptidão Militar Naval foram seleccionados 111 candidatos.

Há muitos anos, em 9 de Março de 1500, uma armada largou de Lisboa, sob o comando de Pedro Álvares Cabral, a 14 estava à vista das Canárias e a 22 ao largo de São Nicolau, no arquipélago de Cabo Verde, tendo-se perdido da armada, na noite seguinte, a nau de Vasco de Ataíde.

E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra, [...] os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, e assim mesmo outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam furabuchos.

Nesse mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra A Terra de Vera Cruz!

Pero Vaz de Caminha, carta a D. Manuel

Caminha descreve o contacto com as populações durante a estadia dos navios no local e a tomada de decisão do envio da
nova do achamento desta terra a Vossa Alteza pelo navio dos mantimentos, para a melhor mandar descobrir e saber dela mais do que nós podíamos saber, por irmos na nossa viagem.

Idem

Assim decidido, a armada segue a sua missão, e a “nova do achamento” chega a Lisboa. Vera Cruz haveria de ser, em poucos anos, o Brasil.

Pouco mais de 3 séculos depois, a família real portuguesa, perante as ameaças napoleónicas, transfere-se para o Brasil, chegando D. João VI, então ainda regente, ao Rio de Janeiro em Março de 1808 onde permanecerá até 1821, ano em que regressa, por força da situação política, a Portugal.

Mas o Brasil já tinha vida própria e fora elevado a reino em 1815, parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, tendo D. João VI deixado o seu filho D. Pedro como regente do Reino do Brasil. A D. Pedro, herdeiro da coroa portuguesa e príncipe-regente do Reino do Brasil, é exigido, pelas Cortes portuguesas, o regresso a Portugal.

Mas D. Pedro afronta as Cortes, recusa a exigência e a 9 de Janeiro de 1822 (data que ficará conhecida por o “Dia do Fico”) declara a célebre frase 

Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Diga ao povo que fico. 

E, em 7 de Setembro do mesmo ano de 1822, D. Pedro assume a separação definitiva, junto ao rio Ipiranga:

Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje as nossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo unir-nos mais. Tirem suas braçadeiras soldados. Viva independência, à liberdade e à separação do Brasil. Para o meu sangue, minha honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade.

Independência ou morte!

Grito do Ipiranga

Duzentos anos depois, evocamos a famosa data. Parabéns, Brasil

E, igualmente, daqui enviamos os parabéns aos membros deste curso que decidiram que Setembro era (e provavelmente ainda é) um bom mês para nascer:

08SET (1943) Pedro Aires Trigo de Sousa Lencastre
18SET (1945) Carlos Bonina Moreno
25SET (1944) Fernando Ramiro de Medeiros Sousa

A todos um abraço.

E recordaremos também, no dia 3, o Francisco Pina (falecido em 2003), a 17 o Marques Bilreiro (falecido em 2005) e a 25 o Correia Graça, que igualmente já se não encontra entre nós.