sexta-feira, março 26, 2021

CR's em actividade: EFCarvalho nos Anais do CMN do 2º semestre de 2020

 

 

 O nosso camarada Eurico Ferreira de Carvalho dá-nos aqui uma pequena mas estimulante amostra da sua coluna "OS ANNAES HÁ 100 ANOS" .


No primeiro semestre de 1918, o vice-almirante Almeida de Eça sugeriu ao capitão de fragata Henrique Quirino da Fonseca (1863/1939) abalançar-se à feitura do “Livro de Ouro da Marinha Portuguesa”, obra que imaginara e planeara no tempo em que foi professor na Escola Naval.

Decorridos seis meses, o erudito historiador, arqueólogo naval e romancista remeteu, de Quelimane, à Comissão de Redacção dos Anais o projecto de um Livro de Factos, reportório histórico de todos os navios da Marinha Portuguesa.

O documento foi inserido no nº 7, de Julho de 1920, com uma nota prévia subscrita pela Comissão de Redacção.

O Livro de Ouro da Marinha Portuguesa

«Êste interessantissimo projecto, de um largo alcance erudito e patriotico, foi presente pelo seu autor à redacção dos Anais há mais de um ano. A Comissão de Redacção, antes porém, de o publicar, tentou conseguir a sua realização. Mas as circunstancias actuais não são propicias a tal genero de empreendimentos.

Obrigada, a seu pezar, a reconhecê-lo, resolve finalmente publicar o trabalho tal qual o recebeu, apelando para a “elite” da corporação, ainda na esperança de que possa vir a ser realidade o que não passa por agora.

 O Livro de Ouro da Marinha Portuguesa

Consistiria êsse livro num reportorio historico de todos os navios da marinha portuguesa , o resumo e indice de toda a nossa gloriosa acção no mar, assim o entende o sr. Almeida de Eça.

Com aquela honrosa mas inaceitavel indicação para tão dificultoso encargo, viesse agitar no meu espirito, ideias velhas, há muito adormecidas, vou actualizá-las nas linhas que se seguem, traçadas fugidiamente enquanto desempenho uma comissão militar em Africa, e ajuizando que o culto das nossas tradições profissionais gloriosamente enraizadas nas da Patria, ainda podem interessar alguns camaradas entre os leitores habituais desta Revista.

São lugares comuns da linguagem portuguesa falada ou escrita, as referencias ao brilho inacessivel da nossa Historia Maritima; usam-os tanto a gente sabedora, como o vulgo iletrado.

Mas acaso os factos da Historia Maritima Portuguesa são conhecidos de sciencia propria e directa?

Decorou-os a multidão nas vestustas e raras cronicas dos nossos reis?

Soam familiarmente ao povo, no bronze vernaculo de João de Barros?

Recolhem-se nas Decadas de Couto ou de Acenheiro, na Historia dos Descobrimentos, de Castanheda ou no Tratado dos Descobrimentos de Galvão?

Surpreendem-nos pelos quadros realistas das Lendas da India e da Historia Tragico-Marítima?

Avaliamos o seu famoso progredir pelo testemunho de Azurara?

Alcançamos adivinha-los nos milhares de retalhos historicos, dispersos em arquivos e bibliotecas?

Mais em nossos dias, podemos integrar-nos na epopeia maritima dos portugueses pelos Anais da Marinha, de Quintela, pelo romantismo dos Quadros Navais, de Celestino Soares, pela obra de Oliveira Martins?

Bastea-nos-ha, em escritores vivos, a leitura das monografias de sr. Lopes de Mendonça ou do Compendio de Historia Maritima do sr. Almeida d´Eça? [...]

Não, decerto. A nossa Historia Maritima, vangloria de todos os portugueses, ainda não a fundimos num documento explicito, notorio.

É ilegivel, inalcançavel e portanto, quasi geralmente ignorada em toda a sua forte grandeza. []

Em resumo: Portugal é um pequeno país de grande Historia Maritima que ainda não foi escrita, nem sequer inventariada.[]

(Volume LI, nº7, 1920) 

Quirino da Fonseca

Capitão de Fragata

quinta-feira, março 04, 2021

A Escola Naval em 1965


 Embora julgue que este filme já tenha sido publicado no nosso Blog há alguns anos atrás, sabe bem recordar os nossos tempos de Escola Naval, e reconhecer alguns dos nossos professores com quem convivemos na altura..

Trata-se de um video do Arquivo RTP reportando a visita à Escola Naval do Ministro da Marinha de Espanha, ocorrida em Junho de 1965, encontrando-se nessa altura o Curso Miguel Corte Real embarcado na «Sagres», em viagem de curso rumo ao Brasil.

Quando a política e a estratégia se “deslaçam” ….


 

Conheci a notícia do novo meio operacional (navio-patrulha) da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR, através dos discernidos comentários da autoria de estimados camaradas e amigos [1] e, passado algum tempo, gostaria de me juntar às suas vozes, elencando um conjunto de reparos, formulados na qualidade de cidadão deste país, que nos calhou ou onde nós encalhámos, na irónica expressão do Senhor Cardeal Patriarca, Dom Manuel Clemente.

Antes, seja-me permitido introduzir o tema recuperando três eixos de ordem político-estratégica, designadamente “desenvolvimento económico”, “mar” e “segurança e defesa”, procurando explaná-los numa perspectiva de desejável articulação entre Forças Armadas (FFAA) e de Segurança (FFS - GNR e PSP) e forçosamente em modo resumido, motivado pela minha humilde interpretação do que considero serem os “interesses nacionais”, mas, como todos, preocupado com o destino que vamos legar às gerações que nos sucederão.

terça-feira, março 02, 2021

TRATAMENTO DA COVID 19 COM IVERMECTINA


Uma coisa é a proclamada evidência científica, que depende das verbas alocadas, pelas entidades que o podem fazer, para a investigação dirigida, e outra coisa é a prática clínica de quem está no terreno e nos hospitais, onde há testemunhos de médicos de grande credibilidade, a nível nacional e internacional, que prestam depoimentos que nos deixam estupefactos: então o remédio já existe, aprovado pela OMS, se bem que para outros fins, mas está disponível para ser prescrito, e ninguém toma providências para que seja conhecida a sua vital importância e eficácia e possa o seu uso ser generalizado? Assim é...

Se lhe interessa ver testemunhos irrefutáveis, veja em: 

https://www.youtube.com/watch?v=9McHuPksE0o&feature=youtu.be&ab_channel=ANFAssocia%C3%A7%C3%A3oNacionaldasFarm%C3%A1cias "PRESCRIÇÃO DE IVERMECTINA NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DA COVID-19, 

uma conferência online em que encontrará depoimentos impressionantes do Dr. Almeida Nunes, especialista de medicina interna, Dr. António Ferreira, internista no Hospital de S. João do Porto, Dr. António Pedro Machado, internista no Hospital de Sta. Maria, Dr. Germano de Sousa, ex-bastonário da Ordem dos Médicos (OM) e Prof. da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa, Dra. Helena Dias Alves, Presidente do Colégio de Imunohemoterapia da Ordem dos Médicos, Dr. Henrique Correia, médico com experiência em lares e prática clínica geral e Assistente Graduado de Medicina Geral e Familiar, e Dr. Pedro Ferreira, Vogal da Associação Nacional de Farmácias. 

Ver isto abala muito as convicções daqueles que confiam cegamente nas autoridades de saúde e preferem, por comodismo, pensar que se está a fazer o melhor. 

Para ficar mais bem informado, pode ver o site da FLCCC – aqui

E pode perceber que até já existe um receituário, aprovado por quem sabe e fundado na prática clínica - aqui




Manuel Rebelo Marques

Há 150 anos em faina

 

Hoje, é de elementar justiça trazer à superfície a “declaração de intenções” que abriu o primeiro número dos «Anais» editado em Dezembro de 1870:

O Clube Militar Naval desde que em 15 de Novembro de 1866 alcançou do governo a approvação dos seus Estatutos tem procurado cumprir a sua missão reunindo-se por differentes vezes para tratar de assumptos concernentes ao melhoramento da marinha militar.[...]
Cumpre á geração actual dos officiaes de marinha relembrar os feitos heroicos e as acções dignas dos que os precederam; cumpre-lhes como membros de uma corporação scientifica, como cidadãos amantes da terra que os viu nascer, e da arma que os ennobrece, não descurar os interesses da marinha que foi e deve ser a gloria da patria; cumpre-lhes, finalmente, dar provas de que apreciam as questões scientificas, e economicas que interessam de perto o bem estar da sua arma, e a prosperidade do paiz. É sob o influxo d´estas idéas que o Clube Militar Naval publica o primeiro numero dos seus Annaes.[...]

Com o volume do 2º semestre de 2020, os Anais do Clube Militar Naval estão no seu 150º ano de vida.

Há século e meio, os sócios decidiram «tocar à faina» para empreenderem o lançamento desta revista de referência no panorama editorial português, não apenas pela sua longevidade e notável regularidade, mas principalmente pela excelência dos textos publicados e pela diversidade dos temas abordados.

A honrosa e digna missão de lançar os “Anais” foi cometida a cinco sócios que constituíram a sua primeira Comissão de Redacção (CR), cujas memórias mereceram o devido destaque na capa do número especial, condigno acto comemorativo da passagem do primeiro centenário: Carlos Testa, Eleutério Dantas, Esteves de Freitas, Mariano Ghira e Marx de Sori.

Desde então, manteve-se rigorosamente fiel aos valores e objectivos que levaram à sua criação. A sua singradura tem sido ininterrupta e consistente, num esforço conjunto dos membros das CR e dos colaboradores, que ano após ano, lustro após lustro, década após década, têm colocado o seu talento, espírito inovador, empenho e disponibilidade ao serviço de uma meritória revista técnico-profissional, dando resposta firme, decidida e pronta ao rogo dos fundadores, inserido na contra-capa do número primeiro. [...]

Nos Anais está espelhado um fiel repositório do muito do que se passa na nossa Marinha, o que faz deles um inquestionável veículo de (in)formação mui especial para os que nela serviram e servem e para os membros da sociedade civil apaixonados pelas causas do Mar.

Nas suas páginas são perpetuados nomes que a Marinha recorda com orgulho e que a Pátria consagrou. [...]

Eurico Ferreira de Carvalho

 

segunda-feira, março 01, 2021

Aniversários de elementos do Curso Miguel Corte Real: Março de 2021

 Fazem anos neste mês de Março de 2021 os seguintes elementos do CR:

FRANCISCO FERREIRA BAPTISTA 07MAR (1945)

JOSÉ DOS SANTOS JORGE 09MAR (1945)


ANTÓNIO JOSÉ VALADAS BORREGO LINHAN 12MAR (1943)


ZENÓBIO JOSÉ ROQUE CAVACO 24MAR (1944)



Um abraço de parabéns para todos.


Lembramos também:

 no dia 04MAR(2012) o António da Silva Dias Ferreira, na data em que, em Lisboa, ocorreu o seu falecimento;
 no dia 25MAR (1943) o Fernando Sanches Oliveira, recordando o dia em que nasceu.