Recordando o “CR” na ESCOLA NAVAL (VII)

O “CR” NO REMO (6/7)

Iniciado o ano lectivo de 1964-65 os remadores CR, que passaram ao curso HC, não desistiram da prática desta modalidade e acabaram por constituir a base da tripulação deste curso.
Mantiveram-se activos o eterno suplente Claudino Morgado, Cavaco, Linhan, Coutinho, Carrasco e Menezes.
A “caminhada” foi idêntica à do ano anterior, mas com alguns atletas mais experientes.

O Torneio de Abertura-Principiantes decorreu na pista da Junqueira onde obtivemos o 1º lugar. Nesta prova o Fonseca reforçou a tripulação.

Na segunda prova, o Campeonato Regional de Principiantes na pista do Seixal que dava acesso directo ao Campeonato Nacional na Figueira da Foz, ficámos em 2º lugar apenas por meia proa.
Foi uma desilusão por termos outra vez perdido com a Cuf e porque no pensamento do treinador Conchinhas nós tínhamos todas as condições para vencer…
Analisada a situação com o Ten. Santarém da Cruz, seccionista do CNOCA, e dada a nossa vontade em ir à Figueira da Foz desforrarmo-nos da Cuf, a situação foi colocada ao Comando da Escola e fomos autorizados a participar no Campeonato Nacional desde que a nossas expensas. O transporte do yolle seria feito pela Federação.
Tínhamos cerca de três semanas para preparação. Começámos com musculação no Ginásio e mais treinos no rio.

E lá seguimos para a Figueira com grande entusiasmo. A comitiva era composta por catorze elementos e, se bem me lembro, fomos em três carros, do S. Cruz, Conchinhas e Linhan.
A regata foi no dia 13 de Junho de 1965 e participaram o CN Lisboa, CNOCA, GD Cuf e AN 1º Maio.

A nossa tripulação foi assim constituída:
- Proa - 1 - Vargas de Matos
- Sota proa - 2 - Medeiros Alves
- Meia nau - 3 - Martins Vairinhos
- Meia nau - 4 - Freire de Menezes
- Meia nau - 5 - Vasconcelos Carrasco
- Meia nau - 6 - Azevedo Coutinho
- Sota voga - 7 - Borrego Linhan
- Voga - 8 - Roque Cavaco
- Timoneiro - T - Joaquim Conchinhas

Suplentes:

- Claudino Morgado
- Gonçalves de Brito
- Franco Caiado

Acompanhantes:

- Tenente Santarém da Cruz
- Cabo Peralta

Só no final da prova ultrapassámos a Cuf.
Ao passarmos sob a ponte alguém gritou, lá de cima, qualquer coisa do género: «Força Conchinhas, és o melhor!»
A partir daquele momento os seus vigorosos incitamentos deram-nos as forças que já faltavam, meteram dentro três tábuas do costado e deixaram-no afónico por uns dias…
Ao desembarcarmos, como é da tradição, “fomos à água” com a generosa colaboração dos nossos suplentes e apoiantes.

Seguiram-se os festejos na Pensão ???, aonde ficámos alojados.

A generalidade dos jornais, não desportivo-futebolísticos, publicaram o evento com a indicação das provas e tripulações. Segue o comentário do Jornal de Notícias de 14 de Junho de 1965:

(continua)