
quarta-feira, junho 30, 2010
Inutilidades (12)

Aniversários: Julho 2010
03JUL(1945) MÁRIO ALBERTO DIAS MONTEIRO SANTOS
07JUL(1944) FILIPE HORÁCIO PEREIRA DE MACEDO
09JUL(1944) HUMBERTO RAMOS DA COSTA ROQUE
18JUL(1942) ANTÓNIO JOSÉ CORREA POSSIDÓNIO ROBERTO
25JUL(1945) JOÃO FURTADO DE AZEVEDO COUTINHO
29JUL(1944) ANTÓNIO MANUEL VARELA MARQUES DE SÁ
Recordamos também neste mês na data do seu nascimento, 09 de JULHO de 1945, o nosso camarada JOSÉ MANUEL BELO VARELA CASTELO.
Viagem no NE "SAGRES", 30 de Junho de 1965
Dia 30 de Junho de 1965, quarta-feira
Foi o dia da partida para o Recife; alvorada às 05h00m, largámos o último cabo às 06h30m.
Em total contraste com o sucedido no porto antecedente, não houve uma única pessoa a despedir-se de nós, nem mesmo qualquer elemento oficial; o único civil que vimos era o piloto, a bordo.
Às 09h00m, prevista aula de Artilharia – não houve, com grande pena dos cadetes, porque o mestre não acordou…
À tarde, novamente aulas, para mim também quarto aos mastros até às 20h00m.
Após o jantar, mandaram-me entrar de cadete de quarto (de castigo) das 22h00m às 00h00m; é claro que protestei, eram 2 quartos seguidos, lá me safei, embora com danos colaterais, vim a perceber mais tarde.
Colaboração do FSLourenço
terça-feira, junho 29, 2010
Viagem no NE"SAGRES", 29 de Junho de 1965
Dia 29 de Junho de 1965, terça-feira
Regressados do passeio da manhã às 12h00m, depois do almoço, antes das licenças, recebemos correspondência, entre a qual missivas do Rio de Janeiro…
Antes de voltar a bordo, para a recepção às 18h00m, ainda comprei mais uns souvenirs ( um berimbau e outros objectos igualmente difíceis de manter guardados todos estes anos…).
Para despedida da cidade, fomos (eu, o AP e o PGRS), depois do fim da recepção (sofrível, na minha apreciação, mas aceita-se o contraditório…) e já algo tarde na noite, dar uma volta, com regresso de táxi.
Colaboração do FSLourenço
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segunda-feira, junho 28, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 28 de Junho de 1965
Dia 28 de Junho de 1965, segunda-feira
E chegou o dia da entrada na baía da Baía… Atracámos cerca das 11h00m frente a um edifício novo (Armazém 10), pertencente à Alfândega, onde, nas varandas, se encontrava bastante gente à nossa espera, com predominância para representantes do belo (na verdadeira acepção da palavra) sexo.
Após o almoço, organizou-se um passeio, às 13h00m, para o pessoal disponível (e interessado), com segunda edição (para os restantes) na manhã do dia seguinte; escolhi esta opção e resolvi sair sozinho a fazer o reconhecimento das cercanias.
Encontrei, entretanto, uns marinheiros (nossos) que tinham comprado umas belas facas de cabo trabalhado, indicaram-me a loja e lá comprei, além duma faca, uma “Rossi” Long-Rifle (cal. 22), que me custou 9000 cruzeiros (apx. 140$00).
No regresso, cruzei-me com o SC, que ficou “maluco” (não era o ACCF, era, repito, o SC) com a arma; fomos então ao navio, de táxi, pôr algumas compras e voltámos, com o FN, à loja das armas, onde compraram uma arma igual para cada um.
O jantar foi, conforme convite recebido à chegada, no Clube Português na Baía, seguido, claro, de baile, que não agradou a muitos, porque as músicas eram quase só sambinhas e viras…
Eu e mais 7 regressámos a bordo às 02h30m numa Kombi tipo táxi.
Colaboração do FSLourenço
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domingo, junho 27, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 27 de Junho de 1965
Dia 27 de Junho de 1965, domingo
Terminado o quarto, aos mastros, com que comecei o dia, ponderei seriamente se não haveria alguém, do curso, a dar azar; de novo, muito trabalho, desta vez porque o oficial de quarto, 1ten LC, perante a presença de um navio pela proa, mandou, com algum, diria, desvario, ferrar o pano redondo, para, pouco tempo depois, voltar a largar.
Mas a malapata ainda não tinha acabado; quando, já de dia, preparávamos uma manhã de “praia”, o 1ten RP mimoseou-nos com uma sessão de mastros, especialmente dedicada a cadetes.
Depois do almoço, obtida autorização para ouvir discos no gabinete do oficial de serviço, alguns arriscaram a saúde dos seus, atenta a qualidade da agulha.
Mais tarde, houve ainda uns jogos de “bola pesada” (ou “Copacabana”) entre cadetes e oficiais – ganhámos quase todos.
A fatalidade do quarto seguinte, sempre aos mastros – agora o de prima ou da prima, fez com que terminasse o dia em beleza, mais morto que vivo.
Colaboração do FSLourenço
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sábado, junho 26, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 26 de Junho de 1965
Dia 26 de Junho de 1965, sábado
Lá cumpri o quarto de alva porque, por praxe ou não, passámos o tempo a meter quase todo o pano redondo e latino…Para compensar, não houve, durante o dia, baldeação, ginástica ou aulas.
Mas, para que não pensássemos que aquela embarcação de cor branca era um qualquer navio de cruzeiros da CNN, às 10h30m houve uma revista de uniformes, pelo Tim-Tim – de serviço interno com boné e sapatos pretos (bizarro, no mínimo…).E como era sábado (dia de promoções nas grandes superfícies) tivemos ainda “direito” a uma revista de armários; eu fui um dos contemplados, mas ele não abriu nenhuma gaveta errada.
Depois do almoço e da respectiva actividade funcional méxico/alentejana, começámos um novo jogo a bordo – o da “bola pesada”, que se jogava com uma bola medicinal, que fazia, efectivamente , jus ao nome. Só um novo descanso, banho e o jantar repuseram os níveis funcionais na normalidade.
Como se aproximava o meu próximo quarto (aos mastros) – o da modorra ou da madorna, recolhi ao ZEN, que apresenta, agora, algumas luzes (de silêncio) acesas.
Colaboração do FSLourenço
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sexta-feira, junho 25, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 25 de Junho de 1965
Dia 25 de Junho de 1965, sexta-feira
A seguir ao “2 em 1” da manhã, ginástica e baldeação (não devia haver, ao tempo, navio mais limpinho que a nossa barca…), nova série de aulas, agora Artilharia, continuando a Marinharia.
À tarde, repetição das duas instruções, sendo a de Artilharia destinada ao estudo da Mauser e da Walther, tendo desde logo o FN liderado as “operações”. Seguiu-se um período de descanso no espaço a que, muito apropriadamente, o SP chamou de ZEN (onde ainda se sentia, desestabilizador, o cheiro da mestiçagem). Depois, o jantar e, para mim, novamente beliche porque o quarto das 04h00m às 08h00m, aos mastros, estava à minha espera.
Colaboração do FSLourenço
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quinta-feira, junho 24, 2010
ALMOÇO MANHOSO
Aguarda-se ansiosamente a reportagem fotográfica, conduzida pelo manhoso "almiras", especialista de reconhecidos méritos.
Viagem no NE "SAGRES", 24 de Junho de 1965
Dia 24 de Junho de 1965, quinta-feira
Da parte da manhã, de novo ginástica e uns jogos com bola medicinal, que “substituíram” as aulas que não houve; era suposto esse tempo ser aproveitado na preparação para os testes da tarde, mas o cansaço ainda era grande e alguns preferiram o beliche, “passando” até na formatura do almoço…
À tarde, então, os testes das matérias deste ciclo: Electrotecnia e L.A..
Jogou-se, também, hoje, o Portugal – Brasil, ouvido a bordo e que terminou 0-0. Houve apostas e eu e o SO ganhámos 37$50 cada. Pelo meio, ainda houve subidas aos mastros, na modalidade “free” (que utilizei com alguma frequência e muito prazer).
Colaboração do FSLourenço
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quarta-feira, junho 23, 2010
Hospital da Marinha. Que futuro?
COLÓQUIO NO CMN SOBRE O FUTURO DO HOSPITAL DE MARINHA
CMG MN JOSÉ ALBUQUERQUE E SOUSA - Sub-Director do Hospital da Marinha
Nota* Publicada por José Botelho Leal em A Voz da Abita (na Reforma) a 6/23/2010 12:11:00 PM
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Viagem no NE "SAGRES", 23 de Junho de 1965
Dia 23 de Junho de 1965, quarta-feira
Ginástica, sempre, desta vez suavizada pelo Pão de Açúcar pelo través de BB, distinguindo-se igualmente bem a entrada da baía de Guanabara; este cenário, que acompanhou o navio praticamente até ao crepúsculo, muito contribuiu para a desarrumação mental generalizada, afectando claramente as aulas que, impiedosamente, iam decorrendo.
Cerca das 10 da noite, o motor p.p. deu o tiro, induzindo nos CR´s (e não só, claro) a esperançosa convicção de que ainda iríamos entrar no Rio rebocados…
E foi a “viver” esse sonho, entretanto desfeito, que recolhemos ao escovem, aguardando pelo novo dia.
Colaboração do FSLourenço
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terça-feira, junho 22, 2010
Notícia do IOL Diário (NET)
Mexilhão trava barragem do Alto Tâmega
Terão sido doze bivalves descobertos no rio Beça, mas as populações garantiram à Lusa que nunca viram nenhum, nem sequer tinham ouvido falar deles antes da barragem.
«Ouvi dizer que tinham apanhado o mexilhão de água doce durante o estudo para a barragem, mas nunca vi nenhum», afirmou Fernando Outeiro, residente na aldeia de Covas do Barroso, uma das que seria mais afectada com a construção do empreendimento.
Este habitante diz-se contra a barragem por causa das consequências que traria para a aldeia a nível de nevoeiro, humidade e doenças para as plantas e porque poderia levar à «morte» do rio Beça, muito procurado pelos pescadores de trutas.
Opinião contrária tem Fernando Domingues que é a favor da barragem porque «ela faz falta».
«Andamos a importar energia do estrangeiro, porque havemos de dar o dinheiro a ganhar aos outros países. Nunca vi nenhum e acho que o mexilhão deve ter sido inventado por alguém que não queria cá a barragem», afirmou.
O presidente da Câmara de Boticas, Fernando Campos, referiu que entende que as «questões ambientais sejam relevantes na decisão final», mas afirmou que lamenta.
«De todas as barragens da Cascata do Tâmega esta é a que teria impactos locais menos significativos e as melhores condições para potenciar a eventual criação do projecto de desenvolvimento local ligado à área do turismo», sublinhou.
Também o autarca diz que só viu o bivalve em «fotografia» e contou que até recusou saber onde se localizava a colónia, não fosse dar-se o caso de eles desaparecerem e depois acusarem o município de Boticas.
Depois desta notícia, resolvi ir até Boticas para tentar fotografar o dito.
Se conseguir depois publico.
Passar bem, até porque estou bem disposto
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Reforço acrescido
Na minha última passagem pelo Cabo Horn, pousou uma avestruz no barco.

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REFORÇO
EU PASSO A EXPLICAR
Viagem no NE "SAGRES", 22 de Junho de 1965
Dia 22 de Junho de 1965, terça-feira
E eis que voltámos à rotina do mar. Ginástica, para começar a manhã, corpos renitentes à violência dessa prática, depois de um interregno muito exigente fisicamente. A seguir as aulas: para o meu grupo, L.A. e Electrotecnia (nesta, puseram-nos à procura duma terra na instalação, quando a gente só pensava noutro tipo de terras…).
O resto do dia passou sem algo digno de registo, a não ser a saudade, que batia forte, enquanto caminhávamos de novo para as bandas do Rio. O navio vai em marcha lenta, devido ao vento de NE e corrente igualmente contrária.
Colaboração do FSLourenço
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segunda-feira, junho 21, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 21 de Junho de 1965
Dia 21 de Junho de 1965, segunda-feira
Chegou o dia da partida para Salvador da Bahia.
Durante a manhã houve licenças, fui com o RL fazer as últimas compras, tomar uma bebida na Casa Americana, comprar, no cais, uns galhardetes; voltámos para bordo a tempo do almoço, às 11h30m.
Da parte da tarde houve ainda um curto período de licenças e visitas ao navio; eu, o RL e o AP despedimo-nos dos nossos conhecimentos e, conforme previsto, desatracámos às 17h00m, debaixo de um clima emocional razoável e começámos a descer o braço de mar. A multidão, no cais e ao longo do percurso, era impressionante; muitos adeus, corações despedaçados, as “tragédias” duma despedida…
Navegámos o resto da noite à vista de costa, recolhi cedo ao “escovém” para pôr as baterias à carga.
Colaboração do FSLourenço
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domingo, junho 20, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 20 de Junho de 1965
Tivemos, hoje de manhã, junto à praia, na Praça Gonzaga (ao pé da sede do mítico Santos F.C., do Edson Arantes do Nascimento), um desfile em nossa honra. Fomos para o palanque, onde desfilaram as associações portuguesas de Santos e, no fim, um rancho folclórico.
Terminado este número, tínhamos a partida para Guarujá (e almoço oferecido pelo respectivo Prefeito). Com o calor que fazia, atardei-me, com o FJMCS, a tomar um “drink” e só a sorte de termos tido boleia do organizador do desfile nos permitiu chegar às barcaças a tempo de reintegrar o grupo.
Depois de atravessarmos o rio, levaram-nos em diversos carros para cima. Vimos então Guarujá, que tem, certamente, uma das mais bonitas praias do mundo; fomos de seguida para o Clube onde iríamos almoçar. Mas, entretanto, chegou as 2 da tarde e nada de almoço*; ora eu e o RL tínhamos um compromisso com duas senhoras da sociedade local (e nós somos homens de palavra) para as 4, no navio; conclusão: baldámo-nos e, à custa de um monte de cruzeiros, voltámos a Santos, onde, acompanhados do AP, almoçámos à pressa para voltar a bordo.
Para visitar o navio estavam para cima de 1500 pessoas, o que originou o maior dos graneis durante o resto da tarde.
Comprei entretanto o “Diário de Santos” onde vinha a reportagem prometida, na sexta, pelos jornalistas.
Colaboração do FSLourenço
Nota*: Este Clube tinha um areal privativo paradisíaco que confinava com as respectivas infraestruturas. O dia estava muito quente e nas primeiras duas boas horas só eram servidas caipirinhas e batidinhas, sem qualquer elemento sólido, mas com muita cachaça que não era perceptível pelos diversos sumos de frutos de que eram feitas. E os efeitos não tardaram, a começar pela euforia da mulher do nosso Adido Naval.
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sábado, junho 19, 2010
CR noutras artes. Exposição de fotografias (2)
Viagem no NE "SAGRES", 19 de Junho de 1965
Afinal os “prejudicados” na ida a S. Paulo, ontem, acabaram por poder também ir, hoje, porque os serviços renderam às 08h00m. Assim, saímos uma hora depois (para que conste, cada um pagou 1000 cruzeiros do ônibus). Está claro que, nas minhas compras, se incluiu o resto dos LP´s e Singles (se os vossos netos lerem, vão ter que explicar o que era isto…) do Roberto, que ajudaram a entreter algumas tardes e noites da torna-viagem.
Almocei com o AP, num tasco perto do local de partida do transporte (2000 maravedis, comemos bem) e regressámos ao navio ao princípio da tarde, porque o comércio fechava todo às 13h00m.
Já a bordo, tive o prazer de conhecer a Fernanda, amiga da Adriana (o prazer de conhecer esta foi mais do RL) e uma terceira, marcada à zona pelo AP *.
À noite, houve quem passasse pelo Clube dos Caiçaras e pelo Clube dos Ingleses, com actividade de dança.
Nota*: Nota de 2010, é IMPERIOSO tentar tudo para reaver este CR ausente!
Colaboração do FSLourenço
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sexta-feira, junho 18, 2010
CR noutras artes. Exposição de fotografias (1)



E, já agora, o Site/Sítio do nosso fotógrafo: http://luiscristo.no.
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Viagem no NE "SAGRES", 18 de Junho de 1965
Dia 18 de Junho de 1965, sexta-feira
Realizou-se hoje, com partida às 09h00m, o passeio a S. Paulo, para o pessoal que não estivesse de serviço (obviamente…), pelo que não pude ir, porque o meu grupo (o 5º) entrou de serviço às 11h15m, enfegando também o 6º, que rendemos.
Como, no grupo de serviço, me tocaram as actividades sociais, passei a tarde a acompanhar a muita gente que quis visitar o navio (muitos portugueses incluídos). Também apareceram a bordo 2 jornalistas do “Diário de Santos”; fizeram umas fotos e garantiram a reportagem para o domingo seguinte.
Entretanto o ten. HG apanhou um pequeno pifo comigo – penso que eu tive que pagar por um qualquer desajuste sentimental que lhe terá sobrevindo…
Os CR´s veraneantes regressaram às 19h30m, tinha pedido ao BV para me comprar umas coisas em S. Paulo, mas, com a agenda tão preenchida, não teve disponibilidade (45 anos depois, aqui fica a "3,1416çada"…)
Colaboração do FSLourenço
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quinta-feira, junho 17, 2010
Encontros mensais do CR. Almoço de 17JUN2010
Aperitivos do costume no bar junto ao aquário que não faz jus à existência dum Aquário Vasco da Gama na Marinha, almoço e reunião no andar superior. Sopinhas da dieta mediterrânica aconselhada para este sector etário, constituídas por caldos verdes a que poucos se furtaram, seguiram-se as alternativas do dia, o arroz de tamboril, o rosbife e o bacalhau à Brás, este com uma presença de sal que segundo a EPAL terá durante a tarde provocado um abaixamento sensível dum dos depósitos de água de Lisboa. Vinhos de boa relação custo qualidade, especialmente brancos alentejanos que já vinham correndo no andar de baixo.
Na reunião que se seguiu, com moderação melhor do que o costume e quase sem "bocas" da geral, recordaram-se as (salvo erro cinco) comissões e as respectivas tarefas, incumbindo-se as mesmas de desenvolverem algum trabalho até ao Encontro Mensal de Natal de 2010 que terá lugar na Junqueira, no mesmo local do ano anterior, (Centro de Congressos) em jantar com cônjuges, na Sexta-Feira dia 17 de Dezembro.
Presenças, todas documentadas na fotografia: AAlmeida, AFidalgo, ARLeite, ASPinho, AVCunha, CBMoreno, CVCarrasco, FCSantos, FSLourenço, FSOliveira, HAFonseca, JVBoas, LCOliveira, MPBento e RMSousa.
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Viagem no NE "SAGRES", 17 de Junho de 1965
Dia 17 de Junho de 1965, quinta-feira
Chegámos hoje a Santos cerca das 13h00m. Antes da faina tivemos a oportunidade de, quase todos no castelo, observar a bonita entrada da cidade, com muita construção nova e prédios bastante altos.
À passagem pelo (viemos depois a saber) cais de embarque para Guarujá foram disparados, de terra, 21 tiros de salva, o que parecia não estar previsto ou, pelo menos, ser do conhecimento do Comando.
Na aproximação ao cais, fomos muito bem recebidos, com foguetes, muita gente, bem agradável. Atracámos, então, mesmo junto ao edifício da Alfândega de Santos, bem enfiados no canal que entra terra dentro.
Pouco depois da volta à faina estávamos de saída para uma recepção no Santos Golf Clube, estrutura com boas instalações e onde se realizou o bailarico. Lá estabelecemos os primeiros contactos com as autóctones, correu bem, voltámos para bordo, de ônibus, pelas 23h30m.
Colaboração do FSLourenço
Nota: Era então o Consul de Portugal em Santos o diplomata José Manuel Borges Gama Cornélio da Silva.
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quarta-feira, junho 16, 2010
De quem se trata?
CR7 escultural para a Armani
A freira que não gosta de CR7
CR7 enfrenta a ansiedade na piscina e na PlayStation
Este CR será do nosso Curso? Quem é o CR7?
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Viagem no NE "SAGRES", 16 de Junho de 1965
Dia 16 de Junho de 1965, quarta-feira
Dia da partida para Santos. Talvez por ser cedo (8 da manhã), poucas pessoas a despedirem-se do navio (terá sido também por desempenho não muito conseguido?).
Saímos a baía, passámos junto do Pão de Açúcar, aproveitámos para tirar as últimas fotos; deixámos igualmente para trás Leblon, Castelinho, Copacabana, etc., o que desde logo nos fez despertar saudades dos 10 dias do Rio.
Navegámos todo o dia com a costa à vista, não tivemos aulas e iniciámos a reconfiguração mental para o próximo destino.
Colaboração do FSLourenço
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terça-feira, junho 15, 2010
CR no Museu Tussauds ?
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Livro lançado em 08JUN2010

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Viagem no NE "SAGRES", 15 de Junho de 1965
Dia 15 de Junho de 1965, terça-feira
E porque não há duas sem três (e não estou a falar daquilo que algumas mentes tortuosas logo quiseram, insidiosamente, associar a este humilde texto), realizou-se hoje a recepção oficial a bordo; mais uma baldeação matutina, esta sem o encanto da de ontem.
De manhã ainda pudemos sair, fui com o RD fazer umas compras, entre as quais uns magníficos LP´s do Roberto Carlos, de que me orgulho de poder dizer que o Curso gostou muito, depois de os terem podido ouvir 827 vezes cada um; à tarde, organizou-se um passeio a Teresopolis, com saída às 13h30m e regresso a tempo de aprontar para a recepção, a começar às 19h00m.
Deste dia, retenho a ideia de que foi, para nós e de início, algo pincel; no meu caso, andei às ordens do Imediato e do 1ten CSilva, até que consegui baldar-me, fazendo o join ao BV (repito, BV, não foi lapso), que estava acompanhado da Vera Lúcia, da Miriam e de uma outra (não recordo o nome, tinha menos que 10 na escala 0/20).
Apesar de, nas ROE que nos foram distribuídas pelo Comando para esse dia (certamente que não tiveram o “dedo” do SH), constarem ordens rigorosíssimas para não tentar absolutamente nada com os convidados (sic), cada um de nós assumiu literalmente a orientação, deixando os cavalheiros em ameno colóquio uns com os outros e tentando cumprir a desinteressada e solidária missão de cuidar das desvalidas .
A partir das onze, os convidados foram saindo, alguns ainda a passar pelo italiano, ali próximo; vários CR´s, aproveitando algum tempo disponível, deram uma última volta pela praça Mauá.
Embora este espaço tente ser, fundamentalmente, o repositório possível das coisas boas que vivemos, deixo, desta vez, o registo de uma cena que marcou um pouco a noite e alguns, que assistiram, algo estupefactos: refiro-me ao destempero de um dos oficiais (EN), que já cá não está, ao dirigir-se, em termos completamente desabridos e injustos, a um CR, dos que mais sempre admirámos e que, infelizmente, só está connosco no lado bom das nossas memórias.
Colaboração do FSLourenço
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Elementos CR noutras artes

segunda-feira, junho 14, 2010
ALMOÇO JUNHO - 17
É importante que compareçam, porque é fundamental ouvir o maior número de opiniões.
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Viagem no NE "SAGRES", 14 de Junho de 1965
Dia 14 de Junho de 1965, segunda-feira
E eis chegado o dia da nossa recepção!
Desta vez, a baldeação da manhã teve da nossa parte uma abordagem semelhante à que ocorreria perante um belo prato de gambas com um branco VQPRD, isto é, fomo-nos a ela que nem tarzões…
À tarde, então, começámos a recepcionar as convidadas (estranho, reparo eu agora, não me lembro de ter visto algum convidado, pode ter sido só distracção…).
A TU formada, um pouco ad-hoc, na véspera (eu e o AB) estava emboscada, desde as 16h00m, à espera das companhias de ontem, que apareceram com algum atraso. Tal como acontece num jogo de futebol, iniciou-se, no tombadilho, uma espécie de “estudo mútuo”, após o que, e porque corria cá fora uma aragem que nos podia constipar, recolhemos ao espaço que tínhamos preparado na nossa coberta (a que alguém chamou, nunca percebi porquê, inferninho). Daqui para a frente e face a ter disparado o disjuntor daquela área do navio, tivemos que, lamentavelmente, passar a deslocar-nos com grande dificuldade naquele ambiente penumbroso, hostil e, mesmo, húmido, (apenas orientados pelo som que saía- até certa altura - do gravador de bobine de que já falei) pelo que não consigo reproduzir, para a posteridade, o que ali se passou; lembro-me, apenas, de ter vislumbrado, a passar de BB para EB, o SP (reconheci-o porque ele levava acesa uma vela que trouxe da missa do dia anterior, como ele próprio recentemente confessou).
Por volta das 22h30m, uma entidade chamada de Oficial de Serviço, pessoa certamente de mau perder e muita inveja, veio evacuar o teatro de operações. E porque, entretanto, o jogo tinha ido para prolongamento, deslocámo-nos para a boîte Hi-Fi (quem se lembra?) onde continuámos a dirimir os nossos argumentos, jantámos (pelas 2 da manhã) e, depois de levar as contrapartes a casa, regressámos a bordo, de táxi, às 03h00m, hora limite de entrada a bordo.
Colaboração do FSLourenço
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domingo, junho 13, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 13 de Junho de 1965
Colaboração do FSLourenço
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sábado, junho 12, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 12 de Junho de 1965
Colaboração do FSLourenço
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sexta-feira, junho 11, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 11 de Junho de 1965
Aí realizou-se a concentração de todas as forças, partindo-se depois em marcha para o local de início das cerimónias, distante uns 4 Km da EN.
O comandante da nossa força* era o 1ten. RP, o 2ten. HG o comandante do meu pelotão. O RP foi porreiro connosco, deu-nos a facilidade de fumar, mesmo na formatura, em certas ocasiões (expressamente proibido de falar neste assunto ao nosso CR honorário, o Cte. Abel, mesmo 45 anos depois).
Cerca das 09h00m começou o desfile: subimos uma avenida enorme, a Av. Praia do Flamengo (junto à praia) e tornámos a descê-la. Muita gente a assistir, muitas palmas mas, principalmente, muito cansaço.
Depois deste estafante “número”, voltámos à EN e quando pensávamos já no belo banho, no navio, seguido de almoço, tivemos a notícia de que, afinal, o almoço (sem banho) era ainda ali. Lá almoçámos (almoço sofrível) e só chegámos a bordo cerca das 3 da tarde, quando já se tinha realizado a Revista Naval, que gostávamos de ter visto e que perdemos.
Para compensar, à noite fui, com outros, ao Subway, onde usufruímos na medida do possível.
Nota*: Neste blogue já foram publicadas fotografias desta Força
Colaboração do FSLourenço
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quinta-feira, junho 10, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 10 de Junho de 1965
(No regresso ao navio, ainda tivemos que empurrar o carro que fez o nosso transporte, o motorista não se entendia com ele…).
Houve ainda um baile em Piraqué, no qual, por razões que desconheço, o SC estava bastante interessado…
Colaboração do FSLourenço
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quarta-feira, junho 09, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 09 de Junho de 1965
Também hoje, com outros navios, saímos do cais Mauá e fomos fundear bastante longe. O transporte para terra era feito pelo nosso gasolina e por embarcações brasileiras postas à disposição dos navios fundeados (andavam bem mas demoravam muito porque corriam todos os navios).
Houve também um baile no Clube Naval, em Paquetá; não fui, porque, de novo, optei por voltar ao Maracanâ onde vi o Brasil-0 Argentina-0, no jogo em que o Garrincha regressou de lesão prolongada.
Colaboração do FSLourenço
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terça-feira, junho 08, 2010
Elementos CR noutras artes
Saibam mais e vejam o video: www.unitedphotopress.pt
ou o Site/Sítio http://olhares.aeiou.pt/LuisCristO
Nota*: Em linguagem CR leia-se LCOliveira
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Viagem no NE "SAGRES", 08 de Junho de 1965
Dia 8 de Junho de 1965, terça-feira
Hoje é o dia do baile na Escola Naval. Da parte da manhã, a rotina habitual; de tarde, o navio ficou aberto a visitas, mas a segurança do cais só permitia a entrada a familiares ou amigos de elementos de qualquer das guarnições dos navios em cais. Então alguns de nós (bastantes) fomos até ao portão fazer a “triagem”(como se vê, o procedimento agora seguido, nos hospitais e apresentado como grande novidade, já tinha sido inventado pelo CR – só não púnhamos as fitas de cores diferentes nos bracinhos das eleitas…) permitindo o acesso a bordo das pessoas mais simpáticas…
Em conjunto com o SO, confraternizámos com umas visitantes muito agradáveis, com apartamento em Copacabana, mas o convívio foi afectado pela aproximação da hora de saída para o baile e, também, pelo aparecimento da sobrinha (afinal uma) do sr. Adriano, um sobrinho e uma tia sénior,
Com tudo isto, perdemos o ônibus para a Escola Naval e tivemos de ir de táxi, chegando atrasados.
A festa, na EN, foi razoável, algo distante da qualidade das da nossa; actuou também o Rancho Folclórico da Casa do Minho no Rio de Janeiro, foi agradável, ofereceram a todos um galhardete do Rancho.
O evento permitiu, como seria expectável, conhecer pessoas muito interessantes e criar laços que perduraram, pelo menos, nas três semanas que se seguiram.
No fim, fomos todos para o palco, onde recebemos os aplausos dos brasileiros (e portugueses residentes); retribuímos com as salvas navais e regressámos ao navio.
Colaboração do FSLourenço
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segunda-feira, junho 07, 2010
Viagem no NE "SAGRES", 07 de Junho de 1965
Dia 7 de Junho de 1965, segunda-feira
Da parte da manhã, cumprimos a inevitável baldeação, assistida do cais por bastante gente candidata a visitar o navio, entre a qual alguns exemplares bem demonstrativos da qualidade do desempenho luso nos séculos recentes. Ainda antes do almoço, assistimos à chegada dos cruzadores italiano e argentino e das fragatas chilena e espanhola.
Da parte da tarde, saí com o BM para satisfazer um pedido paterno, de visitar um amigo. Na Av. Presidente Vargas apanhámos o ônibus Cosme Velho para a zona de Laranjeiras; depois de cumprida a missão, jantámos na churrascaria Minuana e quando estávamos a contar o $ (aparentemente exíguo) para pagar, o sr. Adriano, português radicado há largos anos no Brasil e que jantava na mesa ao lado, ao identificar-nos como portugas, logo se prontificou a oferecer-nos o jantar e, ainda, prometeu mandar as sobrinhas visitar o navio (lembro que ainda não existia o euromilhões…).
Voltámos, então, para bordo, em pleno processo de pré-visualização das ditas.
Colaboração do FSLourenço
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