A menina dança?
No nosso tempo de adolescência e juventude o convite a uma
rapariga para dançar envolvia alguma emoção e risco: especialmente a ansiedade
com que se aguardava a reação e a resposta e o risco de se receber uma tampa
voltando ao lugar acabrunhado. E não só.
Cenário um: Átrio da porta principal da EN, anos sessenta (64?),
numa das várias festas aí realizadas, com música ao vivo pelo conjunto com
prata da casa, elementos do CR incluídos. Por acaso julgamos que não foi nesta que o nosso Comandante de
Companhia tentou por várias vezes arranjar par para alguns camaradas em
perseguição continua pelos corredores do edifício escolar, uma das quais ficou
célebre, ao JAViegas, porque conseguiu escapar incólume.
Esta 1ª situação passa-se com um nosso camarada, um dos 10%
mais altos do CR. Desejoso de dar o seu pé de dança, observara cuidadosamente algumas
hipóteses, deparando-se com uma rapariga sentada numa das mesas, de costas
para a parede, que lhe chamou a atenção. Cara engraçada, ainda não fora vista a
dançar. O momento de decisão surgiu pouco depois, sem observação mais atenta do
alvo. Passo convicto e determinado, uma aproximação decidida e a rapariga aceita
de imediato. Levanta-se da cadeira e já
em pé mantem a altura que tinha sentada, pouco passando a sua cabeça da cintura
do nosso camarada. Este nitida e completamente surpreendido não deu parte fraca e, como
era na época habitual, levou-a ao lugar logo na primeira oportunidade.
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