Eram ainda oficiais subalternos, embarcados num dos patrulhas da classe "Maio". Ambos entrados em 1963 no CR, um dos quais transitou depois em reforço do HC e já não se encontra entre nós, o JMVCastelo. Decididos a competirem pelo melhor café, compraram um dispositivo idêntico ao junto e foram adquirindo os melhores lotes de Lisboa, lote cardeal da Casa Pereira incluído (passe a publicidade) e outras composições de robusta e arábica das suas autorias.
Descoberta que a pitada de sal realçava o gosto do café, um ponto favorável a um dos competidores, que o alcool a 95% era o mais adequado para a lamparina, lá foram concorrendo satisfeitíssimos com os resultados das primeiras provas. A confirmação de que a colher de madeira é a única aceitável e que a utilização duma de metal é a morte certa do globo superior, não contavam com a "destreza" do TFD Lima* na limpeza da "máquina". Em duas semanas partiu duas ao lavar! Recomendações várias, mais cuidado, mas numa das semanas seguintes mais uma que foi á vida e a aquisição de nova peça demorava com o navio operacional fora da BNL. Feitas as contas e revisto os ordenados de ambos deu-se por fim à competição. Mas essa aprendizagem foi útil e o sobrevivo pode-se dar ao luxo de ter ainda a funcionar a sua máquina há 45 anos, com uma comissão em Angola de permeio.
Nota*: O Lima, que era um excelente TFD, deve ter sido o marinheiro que mais comissões fez nos Açores nos patrulhas da classe "Maio". Foi passando duns navios para os outros e só regressava de tempos a tempos com o navio ao Continente para se libertar de algum problema de saias.
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