segunda-feira, setembro 02, 2019

Entrada na Escola Naval do Curso Miguel Corte Real

O título deste post até rima!
Completa hoje o Curso Miguel Corte Real 56 (cinquenta e seis) anos da sua (nossa) entrada na Escola Naval, realizada na segunda-feira dia 02 de Setembro de 1963. A entrada oficial foi dia 01 de Setembro mas dada a coincidência com um Domingo foi transferida para o dia útil imediato.
Será que somos merecedores de parabéns?
P.S. Claro que alguns OCCR já tinham nessa data um ano de casa.

5 comentários:

Fernando Santos Lourenço disse...

Somos merecedores de parabéns, sim. Pelo muito que a Marinha nos deu.
Relembrar que, nesse dia 2, para além dos CR's (em formação, como agora se diz), compareceu igualmente um companheiro cujo destino era Vila Franca e que, por lapso, esteve connosco (era giro tentar encontrar esse "escola", mas agora já há-de ser tarde).
Relembrar também que, à pergunta do Oficial de Dia, na formatura, sobre se alguém não era católico, nenhum dos formandos se manifestou, pelo que o CR terá sido o Curso com mais católicos que alguma vez a Marinha teve.

Cardoso Anaia disse...

Creio que devemos estar de parabéns, não só pelo que a Marinha nos deu, mas também, pela amizade, pela camaradagem que nos tem permitido, ainda hoje, sermos um "grupo" de amigos sempre dispostos a estarmos juntos.
Não me lembro dessa "cena"do cadete de Vila Franca. Como se chamava?

JPVillas-Boas disse...

Lembro-me perfeitamente desse tal individuo que por lapso embarcou connosco na vedeta na (saudosa) Doca da Marinha em vez de ter ido para Sta Apolónia apanhar o comboio para Vila Franca para a Escola de Alunos Marinheiros. Fato acizentado de dimensão inferior ao seu tamanho, curto nos braços e nas pernas, lá ficou até ao fim da chamada em que o seu nome não estava incluído por razões óbvias.Nem imagino a que horas se terá apresentado em Vila Franca de Xira!

JPVillas-Boas disse...

"acizentado" que significa açulado, incitado, não é uma côr, muito menos a acinzentada que pretendíamos atribuir ao fato completo do falso candidato ao nosso Curso. Ainda bem que o FSL está atento nos intervalos dos jogos do FCP.

Costa Roque disse...

Parabéns ao companheiro do lapso, desde logo, por ter descoberto rapidamente que estava enganado. Há quem tenha levado muito mais tempo.

Auto perguntar-se o merecimento de parabéns cheira a conflito de interesses, e a julgamento em causa própria. É um ponto em que a legislação anti corrupção é omissa, mas devia deixar de o ser, acompanhada da estrita proibição de participação de familiares até ao 17º grau na invocação de parabéns.

Agravante é ainda considerar como razão as dádivas da Marinha. Isto significaria que o merecimento depende do valor das prendas recebidas: profundamente discriminatório.

Valorizar a camaradagem e a amizade também não parece critério adequado. Ao fim e ao cabo são comportamentos observáveis em outros grupos, alguns dos quais só merecem a classificação de execráveis, e nunca, certamente, parabéns.

A Marinha recrutou um grupo amorfo, enfiou-o na forja e acendeu o carvão, accionou o soprador e aqueceu-o, e martelou-o por todos os lados enquanto em brasa, prendeu-o num torno, torneou, rebitou e aparafusou, limou e afagou arestas até conseguir algo parecido com o que pretendia. No fim deu-lhe galão com volta de Nelson e tudo, esperando resultados razoáveis. Por outras palavras, investiu.

Teremos produzido mais valias? Isto é, teremos nós dado à Marinha pelo menos tanto quanto ela nos deu (investiu)? Se a resposta for positiva, seremos merecedores. Caso negativo, fomos um atraso de vida.