sexta-feira, maio 27, 2022

Não sei se sabiam...

 F.S.Lourenço

No dia 1 de Maio de 1965 a SAGRES partiu de Lisboa com destino a alguns portos do Brasil e para representar a Marinha de Guerra Portuguesa na revista naval comemorativa da batalha de Riachuelo, integrada no IV centenário da fundação da cidade do Rio de Janeiro.

Em 6 de Junho o navio atracou ao cais da Praça Mauá, no Rio de Janeiro, e no dia 11, na Baía de Guanabara, teve lugar a revista naval que foi passada pelo Presidente da República do Brasil, embarcado num navio de guerra brasileiro, estando presentes, além da SAGRES, navios de guerra da Argentina, Chile, Espanha, Inglaterra, Itália, Holanda e diversos navios brasileiros.

Os navios estavam embandeirados em arco e a SAGRES, com o pessoal estendido nas vergas, prestou as honras devidas, incluindo as salvas.

Na véspera, no dia 10 de Junho, DIA DE PORTUGAL, todos os navios presentes na Baía de Guanabara se associaram às comemorações do feriado nacional português, tendo, também, por especial deferência, havido salvas ao meio dia. No mesmo dia teve lugar a bordo da SAGRES a cerimónia de entrega à Marinha Brasileira da “Portugaliae Monumenta Cartographica” e a imposição de condecorações a entidades brasileiras pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

No dia 16 de Junho o navio largou do cais e fez-se ao mar. Fora da barra, uma ligeira brisa permitiu, depois de contornados o Pão de Açúcar e a Ilha de Cotunduba, navegar à vela em frente de Copacabana.

O navio chegou a Santos no dia 17 e depois de ter escalado Salvador, Recife, S. Vicente de Cabo Verde e alguns portos dos Açores e Leixões entrou em Lisboa no dia 31 de Agosto.

Extraído do livro
“SAGRES, A ESCOLA E OS NAVIOS”,
Edições Culturais da Marinha, 1984

 

 


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