Terminado Junho, eis que Julho entrou e com ele a segunda metade de 2025. Junho, esse mês em que se comemorou o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, neste ano tido lugar em Lagos, com pompa e circunstância. E que mostrou quão melhor teria sido este mundo caso não tivessem existido portugueses. Quantos pecados nunca teriam sido cometidos, quantos mitos nunca teriam sido propagados para os ocultar ou mesmo sublimar, quantas verdades teriam sido honradas, quantos justos teriam sido ouvidos, quantos dignos teriam sido louvados, quantos ofensores teriam sido punidos, quanto pensamento não teria sido subvertido, quanta degradação teria deixado de existir, quantos corajosos teriam sido cantados, quantos tiranos nunca teriam sido reis, quantos cegos poderiam ter visto horizontes, quantos loucos teriam sido amordaçados, quantos profetas teriam sido escutados, quantos incapazes nunca teriam sido eleitos por esse mundo fora?
A tragédia foi não só companheira mas também cúmplice dos portugueses, que adoptaram, talvez mesmo inventando-as, estratégias de submissão e rapto, bem como levando à prática modelos de exploração humana, sementeira que outros, incautos, não desconfiando que os portugueses são injustos, adoptaram e generalizaram, deixando o caminho aberto ao poder demente que, beneficiando do triunfalismo tecnológico, disputa o mundo, e motiva uma nuvem que paira escura, prenhe de remorso, sobre o futuro.
E mostrou também, aquele dia, que apesar de tudo, a esperança existe, já que os portugueses são seres humanos (!), e assim inerentemente capazes de resistir e combater, até contra moinhos de vento, na condição de, sem esquecer o canto do Poeta, procurar uma causa que seja certa, quem sabe apontada por um sebastião arribado em dia de nevoeiro; ou talvez, de baraço ao pescoço e vestido sem bolsos para não transportar ecrãs, com uma lamparina procurar o experiente Diógenes, que pode bem conhecer o dono da chave do cofre onde se guardam milenares e perenes certezas.
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Durante este mês os seguintes camaradas celebrarão mais um aniversário. Aqui ficam os nossos parabéns e os desejos de um dia bem passado:07JUL(1944) Filipe Horácio Pereira Macedo
09JUL(1944) Humberto Ramos da Costa Roque
18JUL(1942) António José Correia Possidónio Roberto
Recordamos igualmente, nas datas dos respectivos nascimentos, camaradas que já não estão entre nós:
Em 03JUL(1945) o Mário Alberto Dias Monteiro Santos, em
09JUL(1945) o José Manuel Belo Varela Castelo, em 25JUL(1945) o João Furtado de Azevedo Coutinho e em 29JUL(1944) o António Manuel Varela Marques de Sá.
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