A Pedra de Dighton é um bloco de rocha cuja superfície, na face voltada para cima, está recoberta de inscrições, muito erodidas, cuja origem tem alimentado uma polémica secular. Originalmente a pedra estava localizada dentro de água no estuário do rio Taunton, em Berkley, Massachusetts (em tempos parte da vila de Dighton, daí o nome da rocha). Para evitar os danos provocados pelo vandalismo, pela erosão das marés e pelos efeitos da variação térmica, em 1963, a rocha foi removida do rio e classificada como objecto protegido pelo Estado de Massachusetts.
Ao longo dos últimos 350 anos a epigrafia da rocha tem suscitado as mais díspares interpretações, sendo a sua origem e significado objecto de longas polémicas, a que não estão alheios os nacionalismos e os preconceitos étnicos que entretanto se foram gerando e desfazendo.
As teorias mais geralmente aceites atribuem a origem das inscrições aos seguintes povos:
- Populações aborígenes norte-americanas, isto é, aos índios das tribos Narragansett e outros povos algonquianos;
- A navegadores fenícios que teriam atingido a costa norte-americana, sendo esta a mais antiga das teorias de uma origem não aborígene;
- A navegadores vikings, de acordo com uma teoria proposta em 1837 por Carl Christian Rafn;
- A navegadores portugueses, nomeadamente a MIGUEL CORTE-REAL de acordo com uma teoria postulada em 1918 por Edmund B. Delabarre e posteriormente defendida numa obra do mesmo autor, publicada em 1929.
A Pedra de Dighton encontra-se guardada, dentro de uma vitrina de vidro, num pequeno Museu situado em Berkley, Massachusetts.
A pedra e as suas inscrições encontravam-se submersas, pela água das marés, durante 20 horas por dia, no Rio Taunton, até 1963.
Foi porém essa circunstância que protegeu as inscrições de serem destruídas por vandalismo.
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