Dia 11 de Agosto de 1965, quarta-feira
Chegámos, finalmente, aos Açores. Durante o quarto das 00h00m às 04h00m, que me tocou, não se avistou qualquer sinal de terra; quando, mais tarde, me levantei, deparei com a ilha das Flores (que logo deu para ver que era muito bonita), onde fundeámos ao fim da manhã e também a do Corvo.
Saí da parte da tarde, logo depois do meu quarto de serviço, até às 16h00m, e fiquei encantado com a ilha – um espectáculo, as grandes ravinas e as gigantescas falésias (a enquadrar o Morro Alto, o ponto de maior altitude, com 914 metros), que impressionam pela grandiosidade e pela dimensão de natureza virgem que delas emana. Mas o que mais me marcou foi o cenário de milhares de hortênsias, de cor azul, claro, que bordejavam as estradas e preenchiam as margens das muitas ribeiras e lagoas. (Nota: isto hoje está um bocado para o poético – deve ser do calor, não liguem).
Nesta data, eclodiu uma praga de uns animais muitíssimo aborrecidos, que afectou a maioria dos que frequentavam assiduamente a praia do castelo…
Recebemos também, para além de muita correspondência, a visita, durante a tarde, do nosso camarada OC Gago Lopes.
Colaboração do FSLourenço
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1 comentário:
Eu tambem fui vitima dos "incomodativos". Se bem me lembro foi nas Flores que um grupo de corajosos e destemidos, citaram de largo uma perigosissima vaca leiteira que estava a pastar e salvo o erro, presa.Era bom recuperar uma foto alusiva que suponho já ter sido postada.
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