quarta-feira, junho 07, 2023

Representação do CR apresentou cumprimentos ao CEMA


Foi em setembro de 1963 que nós, os elementos do Curso que teve por patrono Miguel Corte Real, entrámos formalmente pela primeira vez na Escola Naval; tínhamos sido admitidos após as diversas provas de seleção e apresentavamo-nos para iniciar o primeiro ano! Alguns passaram para o curso seguinte, outros reprovaram e saíram da Escola Naval e recebemos um importante reforço do curso anterior. E em janeiro de 1967, terminado um curso intensivo que incluiu uma viagem de instrução ao Brasil, começamos a nossa carreira na Marinha, uns por alguns anos apenas, outros, talvez a maioria, até à passagem à reserva e à reforma. Alguns, infelizmente muitos, já partiram, já não estão entre nós; para eles a nossa saudade, a nossa recordação amiga, um até sempre!

Fará em setembro 60 anos, que a nossa aventura começou; importa assinalar esta efeméride, de uma vida ativa que foi do Estado Novo, da Primavera Marcelista à III República, que incluiu um período significativo da guerra colonial ou guerra de África e depois a “guerra fria” entre os blocos ocidental e o soviético, entre a NATO e o Pacto de Varsóvia.

As comemorações dos 60 anos do CR incluem a apresentação de cumprimentos ao Almirante CEMA, uma conferência no Alfeite (CITTAN) sobre a Marinha do presente e do futuro, uma romagem de saudade à Escola Naval, a nossa alma mater, e um almoço de confraternização na Messe de Cascais com as nossas mulheres, que connosco tem vivido a aventura das nossas vidas … e nos tem aturado ao longo de dezenas de anos.

No passado dia 2 de junho, 6ª feira, às 16h30, o Almirante Henrique Gouveia e Melo, Chefe do Estado Maior da Armada, recebeu em audiência uma deputação do curso Miguel Corte Real que lhe apresentou cumprimentos. Era constituída pelo António Vasconcelos da Cunha, que terminou o curso como primeiro classificado, o “penico” na nossa gíria marinheira do Alfeite, de origem engenheiro maquinista naval, dois representantes da classe de Marinha, António Carlos Rebelo Duarte e Henrique Alexandre da Fonseca, e um representante da classe de administração naval, Amadeu Cardoso Anaia, e como na altura referimos ao CEMA, representante também dos “nossos” fuzileiros.

No decurso desta audiência o CEMA aproveitou a oportunidade para nos falar da sua visão para a Marinha, nas suas diversas facetas, do pessoal ao material, que ilustrou mesmo com uma maquette do chamado “navio porta drones” que se encontrava, destacada, no seu gabinete.

As comemorações dos 60 anos do CR já se iniciaram, e começaram da melhor forma!

H. S. Fonseca

Foto gentilmente cedida pelo Gabinete  do
Chefe do Estado-Maior da Armada e
Autoridade Marítima Nacional

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